Valor: BB inicia negociação de compra do Banestes

Valor Econômico
Alex Ribeiro, de Brasília

O Banco do Brasil divulgou fato relevante que informa que iniciou negociações com o governo do Espirito Santo para comprar o controle acionário do banco múltiplo do Estado, o Banestes. Se bem-sucedida, a operação permitirá ao BB aumentar os ativos em R$ 9,26 bilhões e incorporar 85 mil servidores públicos ativos e inativos à base de clientes. “O Banestes teve problemas alguns anos atrás, mas hoje está saneado, com ativos de boa qualidade e uma presença muito importante no Espírito Santo”, disse o vice-presidente de finanças do BB, Aldo Mendes.

O Banestes é o líder no Espírito Santo pelo critério de pontos de atendimento. São 125 agências no Estado (e mais uma em São Paulo) e 253 postos de atendimento bancário. O BB, que ocupava o segundo lugar no ranking do Estado, com 89 agências, passaria à liderança absoluta. O terceiro maior banco no Estado é a Caixa Econômica Federal, com 53 agências, seguida pelo Bradesco, com 42 agências. Segundo Mendes, o próximo passo será a contratação de empresas para avaliar o Banestes, tanto pelo BB quanto pelo governo do Estado. A expectativa é que, em 30 dias, as empresas possam iniciar os trabalhos e que, nos 90 dias seguintes, as avaliações estejam concluídas.

Um dos principais ativos do Banestes é justamente a administração da folha de pagamento do funcionalismo. Eles respondem por cerca de 30% dos 274 mil correntistas do banco capixaba. O Banestes tem carteira de crédito de R$ 2,6 bilhões. Além do banco do Espírito Santo, o BB continua negociações com o Banco de Brasília (BRB) para a aquisição do controle. Mendes explicou que o Estado e o governo do Distrito Federal já fizeram a avaliação do banco. Agora, a negociação avança para temas como o prazo que a folha de pagamento do funcionalismo local ficará sob a administração do BRB.

Nos últimos meses, o BB fechou a compra da Nossa Caixa, de São Paulo, e a incorporação dos bancos de Santa Catarina e do Piauí. O BB também adquiriu metade do capital do Votorantim, que continua sob controle privado. Além de Banestes e BRB, restam outros três bancos múltiplos estaduais: o Banpará, do Pará; o Banrisul, do Rio Grande do Sul; e o Banese, de Sergipe. Mendes negou que as operações tenham o abjetivo de recuperar a liderança do mercado bancário, que foi perdida com a união entre o Unibanco e o Itaú.

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