Para quem achava que a greve nacional dos bancários iria sofrer uma queda após 25 dias de muita luta, com um suposto 'desgaste', o cenário nacional mostra o contrário e, em Rondônia, a confirmação se deu nesta sexta-feira, 30/9, com o número de agências fechadas passando de 115 para 119 das 130 existentes no Estado, alcançando, assim, um índice de mais de 91% nesta que está sendo uma das maiores greves da história da categoria.
Isso comprova a revolta dos trabalhadores após a última reunião entre o Comando Nacional dos Bancários (formado pela Contraf-CUT, federações e sindicatos) e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), nos dias 27 e 28/9, em São Paulo, em que os bancos anunciaram a proposta de manutenção dos 7% para este ano, mais abono de R$ 3.500, e 0,5% de aumento real para 2017, proposta prontamente rejeitada ainda em mesa.
Além de insistir no reajuste rebaixado em 2016 – os banqueiros reforçaram que não vão repor a inflação este ano –, a proposta não trazia avanço na manutenção dos empregos, reivindicações de saúde e condições de trabalho. Para VA, VR e auxílio-creche, o reajuste também seria de 7%, abaixo da inflação, quando esses itens subiram em média 14%.
"Essa é mais uma amostra da insatisfação generalizada dos trabalhadores, que não admitem, de forma alguma, essa insistente tentativa de desvalorização por parte do setor patronal. Mostramos, mais uma vez, que não importa quanto tempo passe, nós vamos estar unidos e fortes, nas agências ou nos pontos estratégicos da greve, para provar para estes bancos que não vamos aceitar, de forma alguma, nenhuma proposta que nos traga perdas, seja para agora, seja para o futuro", menciona José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).