(São Paulo) O Banco do Brasil tentou enrolar os funcionários nesta quarta, dia 4, com um arremedo de proposta para a Cassi, que além de imoral é ilegal. A pseudo-proposta se resume a retroagir os valores financeiros contidos no acordo original em sessenta dias contados da data de aprovação do novo estatuto. Na prática, não há mudança alguma em relação ao texto que não foi aprovado no plebiscito com o funcionalismo realizado há um mês.
“O que o BB está propondo é um grande nada. Não há qualquer melhora na proposta acordada anteriormente e – sem alteração – é ilegal submeter o mesmo teor para nova apreciação dos associados. Não podemos colocar em votação a mesma proposta duas vezes”, explica Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Além de ilegal, Marcel destaca que a pseudo-proposta é imoral porque revela o desprezo do Banco do Brasil com a Caixa de Assistência dos funcionários. “O BB não considera que a Cassi está com as despesas contingenciadas, não tem um orçamento aprovado e sequer tem recursos para o plano de associados. O banco está apostando na falência da Cassi e isto, aliado a tudo que vem ocorrendo dentro da empresa, mostra que esta diretoria está perdida. Uma direção que incentiva a aposentadoria precoce de 7 mil trabalhadores, que significam a história da empresa, não tem responsabilidade com o Banco do Brasil e nem moralidade no trato com os funcionários”, critica Marcel.
Sobre a proposta apresentada pelos bancários há quinze dias para solucionar os problemas da Cassi, o Banco do Brasil informou que não tem nenhuma resposta a dar. “Nosso prazo para fecharmos uma proposta em consenso está no fim e esta diretoria não mostra vontade para negociar. Sendo assim, a Contraf-CUT vai procurar novamente os parlamentares e lideranças políticas oriundas do Banco do Brasil e vamos até o Congresso Nacional denunciar a imoralidade com que o BB trata seus bancários e a falta de responsabilidade com a sociedade brasileira”, conta William Mendes, secretário de Imprensa da Contraf-CUT e membro da Comissão de Empresa.
Caso uma eventual proposta seja acordada, a realização do plebiscito terá de ocorrer entre 20 e 27 de julho.
Clique aqui e leia a íntegra da proposta apresentada pelos representantes dos bancários.
Fonte: Contraf-CUT