O Conglomerado Citibank apresentou lucro líquido de R$ 124,7 milhões em 2014, o que significa queda de 82,5% em relação a 2013. O resultado só foi alcançado devido a uma operação contábil de registro de ganho com ativo fiscal diferido no montante de R$ 662 milhões.
Segundo análise do balanço feita pelo Dieese, se excluir o Banco Citicard (Credicard) em 2013, vendido ao Itaú Unibanco em 20 de dezembro daquele ano, o lucro do Conglomerado sofreria uma queda de 69,9%. Aliás, grande parte da retração no resultado do Citibank foi devido a essa venda.
O banco não divulgou o número de funcionários nem o número de agências, o que impede verificar a evolução no período, demonstrando total falta de transparência e responsabilidade social.
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A carteira de crédito do grupo cresceu 8% em relação a dezembro de 2013, atingindo um montante de R$ 16,8 bilhões. Apesar desse pequeno crescimento, as receitas de operações de crédito caíram substancialmente (-46%).
As despesas com provisões para devedores duvidosos caíram 11,5%, totalizando R$ 894,6 milhões. O balanço do banco não traz as taxas de inadimplência.
A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias caiu 36,3% em 12 meses, totalizando R$ 1,1 bilhão. Já as despesas de pessoal caíram 5,4%, chegando a R$ 1,4 bilhão. Com isso, a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas secundárias do banco foi de 84,3% em 2014.
Entre as cinco empresas que integram o conglomerado (Banco Citibank; Citibank N.A.; Citigroup Global Markets Brasil CCTVM S.A.; Citibank Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. e Citibank Leasing S.A. – Arredamento Mercantil), as perdas se concentraram no Banco Citibank, que teve um prejuízo de R$ 265,1 milhões.