A greve nacional da categoria continuou crescendo neste quinto dia de paralisações. Em todas as bases da FETEC/CUT-SP, o movimento ganhou novas adesões tanto de bancos, como em número de agências e de praças.
Em São Paulo, Osasco e Região, em levantamento parcial do período da manhã foram registrados 28 mil bancários paralisados de 367 locais de trabalho, dentre os quais os prédios administrativos da Nossa Caixa (Rua do Tesouro, XV de Novembro, Líbero e Álvares Penteado), Unibanco (Patriarca, Boa Vista e CAU, onde funciona parte da tecnologia do banco), Banco do Brasil (Complexo São João, Verbo Divino e Ipiranga), Banco Real (Call Center SP1 e SP2). Além dos bancários, também encontram-se em greve os trabalhadores das terceirizadas, Tivit e Fidellity.
No ABC Paulista, as paralisações subiram de 101 locais de trabalho na sexta-feira para 130 nesta segunda (28), mobilizando 2.800 bancários nas cidades de São Bernardo, São Caetano e Diadema.
Na base de Bragança e Região, o movimento quase que triplicou nesta segunda-feira com adesões em Atibaia e Piracaia, onde pela primeira vez os bancários entram em greve.
O mesmo movimento ascendente se repete nas demais cidades do interior, com perspetiva de continuidade das paralisações até que a Fenaban apresente uma nova proposta, que contemple as reivindicações da categoria.
Atenção no Santanter
As estratégias dos bancos para burlar o direito constitucional de greve ganham uma nova modalidade. O Santander está se valendo de liminar obtida em São Paulo para coibir paralisações em outras localidades. A tática foi constatada na região do ABC. Em outros estados, também foi registrado o uso de interdito obtido pelo banco Real em 2008, conforme denúncia ao Comando Nacional dos Bancários.
“A tática pode estar sendo usada em outras bases sem que os sindicatos possam ter se dado conta. Por isso, a importância de os dirigentes redobrarem a atenção para evitar que o Santander nos aplique um passa-moleque”, avisa Gheorge Vitti, dirigente do Sindicato dos Bancários do ABC.