O Encontro Nacional dos Dirigentes Sindicais do HSBC terminou nesta quinta (4), na capital paranaense. Após três dias de palestras e debates, os dirigentes estipularam as prioridades da campanha específica no banco.
Dentre as definições do encontro, está a necessidade de aprofundar as discussões sobre o programa próprio de remuneração variável do banco (PPR). Os dirigentes foram unânimes em pontuar que o atual modelo não atende aos anseios dos funcionários do HSBC e precisa ser reformulado, visando uma distribuição mais justa.
Também é urgente uma revisão do banco em sua postura sobre a previdência complementar, Plano de Cargos e Salários e o Papa-filas. A COE/HSBC deverá encaminhar não apenas o debate sobre a melhoria do plano atual de previdência, como assumir o compromisso de construir uma proposta atendendo as demandas apresentadas pelos trabalhadores de base. O mesmo foi decidido em relação ao Plano de Cargos e Salários (PCS). Os dirigentes sindicais deverão realizar o levantamento das necessidades dos funcionários do HSBC e propor um modelo. Sobre os Papa-filas a postura dos Sindicatos de todo o país será ainda mais firme no combate a terceirização, exigindo que trabalhadores que exerçam serviços bancários tenham os mesmos direitos assegurados à categoria pela Convenção Coletiva. Outra decisão foi a retomada da mesa de negociação sobre saúde com o banco.
Campanha exigirá mais contratações – A COE/HSBC deverá encaminhar pela Contraf/CUT a realização de uma campanha nacional de valorização no banco HSBC. Os motes desta campanha serão: contratação já, basta de demissões e PCS. Estas foram demandas consideradas essenciais e urgentes pelos dirigentes sindicais.
“O HSBC está adotando uma linha estratégica clara de atender aos grandes correntistas, deixando de lado os demais clientes. Do lado de lá do caixa, ou seja, para o funcionário, o banco também só vende ilusões. Os bancários são promovidos, mas isto não significa incremento salarial condizente com o que eles merecem pela nova função. Eles só assumem mais responsabilidade e mais trabalho. Não podemos mais aceitar esta postura de desvalorização profissional”, afirmou um dos dirigentes sindicais presentes no encontro.
“A redução do número de postos de trabalho no HSBC é revoltante”, comentou outro dirigente sindical. “Temos que arrancar do banco um compromisso formal de interromper este processo de demissões imotivadas”, concluiu.
Os dirigentes sindicais do HSBC também definiram que será encaminhado para Conrado Engel, novo presidente do banco, um documento com as deliberações do encontro.