A taxa média dos juros cobrados no cheque especial pelos maiores bancos do país é de 149,9% em um ano (ou 7,93% ao mês), segundo pesquisa do Procon-SP divulgada nesta terça-feira (11). De acordo com cálculos feitos pelo economista e professor da FGV-SP Samy Dana, a taxa mais alta encontrada passou de 210%.
Esses são números médios e podem variar para cada situação específica, porque os bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o plano contratado pelo cliente e a relação entre eles (quem tem mais dinheiro no banco paga menos taxas).
O Santander, com taxa média mensal de 9,95% (o que daria 212,14% em um ano), tem a maior taxa entre os sete bancos pesquisados (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e o próprio Santander).
Em uma dívida de R$ 100, o cliente pagaria cerca de R$ 312,14 ao final de um contrato de 12 meses.
A Caixa Econômica Federal tem a menor taxa de juros para a modalidade entre os bancos pesquisados, com 4,27% ao mês no cheque especial, ou 65,16% em um ano. Nesse caso, uma dívida de R$ 100 custaria R$ 165,16 em 12 meses.
As taxas consideradas para o estudo são as máximas prefixadas para clientes não preferenciais, independentemente do canal de contratação.
Em junho, o Procon-SP afirma que a taxa média do cheque especial apresentou um pequeno acréscimo, alterando a taxa média que se apresentava estável desde novembro de 2012.
Empréstimo pessoal
As taxas de juros para o empréstimo pessoal ficaram em 5,22% ao mês (ou 84,24% em um ano) para um contrato de 12 meses. De acordo com o Procon, a taxa média dos bancos pesquisados ficou estável em relação a maio.
O Bradesco é o banco com as maiores taxas para a modalidade (empréstimo pessoal), com 6,19% ao mês (ou 93,6% no acumulado em um ano).
A Caixa ficou mais uma vez com a menor taxa de juros entre os bancos pesquisados, com 3,51% ao mês (ou 51,28% ao ano).