Vigilantes manifestam solidariedade e apóiam greve nacional dos bancários

A Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV) divulgou nota manifestando apoio integral à greve nacional dos bancários. O texto afirma que os vigilantes têm um “compromisso de solidariedade com a luta dos bancários”.

“Os vigilantes brasileiros, especialmente aqueles que atuam nas agências bancárias, também vitimas da violência que atinge a todos que convivem no ambientes de bancos e das condições de trabalho precárias, têm um compromisso de solidariedade com a luta dos bancários e, em todo país, estarão construindo todas as formas de apoio e colaboração para que esta luta seja vitoriosa como foram as nossas campanhas salariais do primeiro semestre deste ano, em sua grande maioria com o apoio, participação e solidariedade dos sindicatos e da categoria bancária”, afirma o presidente da CNTV, José Boaventura dos Santos.

Parceria

Bancários e vigilantes vêm intensificando, desde o ano passado, ações de parceria para fortalecer as lutas das duas categorias. Entre estas ações, destaca-se a publicação conjunta, em julho, da primeira edição do Jornal dos Bancários e Vigilantes do Brasil, a respeito do tema segurança bancária (clique aqui para acessar).

Reivindicações de segurança

A demanda também está na pauta de reivindicações dos bancários e na mesa de negociações com a Fenaban. Veja os principais pontos:

– Manutenção da Comissão de Segurança Bancária entre bancários e Fenaban, com objetivo de elaborar de um plano com medidas específicas, objetivando prevenir assaltos e que visem a segurança e a integridade física e psicológica dos trabalhadores.

– Instalação nos estabelecimentos bancários de, pelo menos, os seguintes equipamentos de segurança:

a) porta de segurança com detector de metais, em todos os acessos, devendo estar fixadas antes do autoatendimento. Devem também ter vidros à prova de balas e recipientes para guarda de objetos em todas as unidades bancárias.
b) equipamentos de filmagem camuflados, com monitoramento fora das agências e postos, que possibilitem a identificação dos criminosos.
c) vidros laminados resistentes a impactos e a disparos de armas de fogo nas fachadas externas no nível térreo e nas divisórias internas das agências e nos postos no mesmo piso

– Proibição do transporte e guarda de quaisquer numerários, malotes e de chaves de acesso aos cofres, bem como a guarda de acionadores de alarme, por parte dos bancários, ficando esses serviços sob responsabilidade de empresas especializadas em segurança.

– As Agências serão abertas por empresas especializadas em segurança e aos empregados pelos vigilantes que estiverem em serviço.

– Nenhuma unidade bancária será inaugurada ou aberta para expediente ao público sem a implementação do plano de segurança aprovado pela Policia Federal.

– É vedada a utilização dos vigilantes em qualquer função que não seja a de garantir a segurança da unidade dos trabalhadores e de seus usuários.

– É obrigatória a manutenção de vigilante nas salas de autoatendimento, garantindo-lhe condições adequadas de segurança.

– O Banco emitirá Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) a todos os funcionários que presenciarem um assalto, consumado ou não, bem como aos vitimados por seqüestro, ainda que não consumado.

– Em caso de morte ou incapacidade permanente decorrente de assalto ou seqüestro, o banco deverá pagar ao bancário ou aos seus dependentes legais indenização de 100 salários mínimos do Dieese.

– Adicional de risco de vida no valor de 40% sobre o salário para todos os bancários que trabalhem em agências ou postos de atendimento.

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