Valor Econômico
Paulo de Tarso Lyra, de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem, durante o programa Café com o Presidente, que os empréstimos feitos por bancos públicos sejam condicionados à geração de empregos. Segundo o presidente, isso é o que “conta para a distribuição de riqueza e para a melhoria de vida das pessoas”. Lula lembrou que, apesar do mau resultado do emprego em dezembro, o país terminou o ano com um saldo positivo de 1,460 milhão de novos empregos. “Precisamos nos preparar para evitar que em 2009 a gente tenha um nível de desemprego grande”, disse ele.
“Vamos cuidar para que os empréstimos dos bancos públicos, seja BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNB e Basa, quando eles fizerem os empréstimos ou créditos, que isso esteja ligado à geração de postos de trabalho, porque é o que conta para a distribuição de riqueza e para a melhoria de vida das pessoas”, declarou Lula.
Lula também destacou as duas medidas anunciadas na semana passada como importantes na tentativa do governo de amenizar os impactos da crise internacional: o aporte de R$ 100 bilhões para o BNDES e o novo plano de investimentos de R$ 174 bilhões da Petrobras pelo período de 2009 a 2013.
“A Petrobras tem grandes investimentos, sobretudo na área de exploração do pré-sal. A quantidade de navios que ela tem que contratar, a quantidade de sondas, a quantidade de plataformas, a quantidade de barcos de apoio são extremamente importantes para o projeto de desenvolvimento do Brasil.” Quanto à injeção de recursos do Tesouro no BNDES, Lula acredita que ele vai ajudar as empresas que tomavam dinheiro emprestado em dólar e passaram dificuldades pela escassez de crédito internacional.