Os uruguaios vão as urnas neste domingo (26) para eleger presidente e vice-presidente e renovar a totalidade do Congresso. A Frente Ampla, no poder desde 2005, é a favorita. Todas as pesquisas de opinião indicam que o candidato Tabaré Vasquez tem entre 43% e 49% das intenções de voto – número insuficiente para conquistar a vitória no primeiro turno e a maioria parlamentar.
Pela legislação uruguaia, os eleitores são obrigados a votar em candidatos do Executivo e do Legislativo do mesmo partido. “Eu votei nos dois governos anteriores, da Frente Ampla, porque acho que fizeram muito pelo país. O desemprego caiu de dois dígitos para um e nossos jovens não têm que sair do Uruguai para buscar trabalho”, disse à Agencia Brasil o comerciante Diego Villega, que apoia Tabaré Vasquez.
No entanto, no primeiro turno, ele votará num partido menor, sem chance de chegar à Presidência. “Não quero dar todo o poder a um só partido, precisamos ter um equilíbrio mais democrático”, justificou o comerciante.
Villega não e o único que pensa assim o que, segundo analistas políticos, explica os resultados das últimas pesquisas de opinião. Os principais concorrentes de Tabaré Vasquez – que governou o Uruguai de 2005 a 2010 – são filhos de ex-presidentes. Luís Lacalle, do Partido Nacional, conhecido como Blanco, teria entre 32% e 35% das intenções de voto, enquanto que Pedro Bordaberry, do Partido Colorado, entre 12% e 18%.
Adversários históricos, Blancos e Colorados já se uniram contra a Frente Ampla no passado. “Tudo indica que o presidente só será eleito em novembro, no segundo turno, e dificilmente terá maioria parlamentar”, disse o presidente da consultora política Factum, Eduardo Bottinelli.
Neste domingo, os uruguaios também irão às urnas para decidir – em plebiscito – se querem baixar a maioridade penal de 18 para 16 anos. A insegurança está no topo da lista de preocupações dos eleitores, mas apenas 6% dos crimes são cometidos por menores.