O presidente do Sindicato, Otávio Dias e o secretario de assuntos jurídicos, Selio de Souza Germano, participaram esta tarde (22 de setembro) de uma audiência no Ministério Público do Trabalho sobre segurança bancária. Desde 2001, por meio de denúncia apresentada movida no Ministério Público, os trabalhadores bancários exigem a instalação de portas giratórias com detectores de metais em todas as agências bancárias do Paraná. Hoje, as audiências foram sobre os bancos Unibanco e Bradesco.
O procurador Iros Reichmann Losso determinou um prazo de 10 dias para o banco Unibanco e de 15 dias para o Bradesco para que apresentem ao Ministério Público do Trabalho um cronograma de instalação das portas em todo o estado. Como em relação as agências do Unibanco, onde a questão é mais grave, o procurador definiu que, caso haja descumprimento de sua decisão, irá ingressar com ação civil pública contra a empresa.
O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região há anos denuncia a negligência do banco Unibanco em relação à segurança de seus funcionários, clientes e usuários. A porta giratória com detector de metais é considerada hoje, diante dos freqüentes assaltos nas agências e imediações, uma medida básica, mesmo assim, não cumprida por alguns bancos, como o Unibanco. Nos dias 21 de agosto, 17 e 18 de setembro, o Sindicato realizou atos em agências do Unibanco denunciando a insegurança.
Campanha Salarial também exige mais atenção para segurança
“Os investimentos que os bancos fazem em segurança está muito aquém do necessário para garantir tranqüilidade aos clientes, usuários, bancários e vigilantes. O foco dos bancos é apenas com seu patrimônio. A Federação Brasileira dos Bancos, ao negar debater o tema com seriedade, está colocando vidas em risco”, lamenta Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. No último dia 16, os bancos negaram mais uma vez as reivindicações dos bancários em relação à segurança bancária.
Dentre as reivindicações dos trabalhadores para ampliar a segurança nas agências e imediações estão:
– Atualização da lei federal nº 7.102 de 20 de junho de 1983, que rege a segurança privada no país.
– Criação de sistemas de gravação eletrônica de imagens e centrais de monitoramento de vídeo em tempo real, integrada às policias e secretarias de segurança pública.
– Portas giratórias com detectores de metais no acesso principal da agência – antes dos terminais de auto-atendimento.
– Implantação de câmeras de segurança digitais com geração de imagens de boa qualidade.
– Vidros blindados em todas as agências e postos de atendimento bancário.
– Rigor na implementação, atualização e fiscalização dos planos de segurança das agências.