Sindicato do Ceará reivindica fim das demissões no Bradesco

Dirigentes do Sindicato dos Bancários do Ceará realizaram na última quarta-feira, 19/8, das 10 às 11h, uma manifestação reivindicando o fim das demissões no Bradesco. Impulsionados pelo lema “Inovar é garantir emprego. Chega de demissões”, eles se mobilizaram em frente à agência da Rua Senador Pompeu, em Fortaleza, onde fizeram denúncias e exigiram o respeito do banco aos seus trabalhadores e a sociedade. Uma nota de repúdio contra as demissões no Bradesco foi publicada nos jornais locais, no último sábado, dia 22/8.

A decisão do SEEB/CE de organizar a manifestação às portas da unidade citada não foi por acaso. Na última semana, dois bancários da agência, que possuem mais de vinte anos de serviço e que são, inclusive, amparados pela estabilidade dada pela Convenção Coletiva do Trabalho, foram demitidos sem justa causa. “Coincidentemente”, ambos pertenciam ao BEC (Banco do Estado do Ceará) e foram integrados ao Bradesco depois que a primeira instituição foi adquirida pela segunda. O diretor e funcionário do Bradesco, Carlos Henrique, enfatizou que esta atitude lamentável do banco está se tornando uma prática constante. “Os ex-funcionários do BEC estão sofrendo uma verdadeira perseguição”, revelou.

Os dirigentes fizeram questão de ressaltar que as demissões de trabalhadores, no entanto, não acontecem apenas a nível estadual, mas nacional. Mesmo com o exorbitante lucro de R$ 2,29 bilhões obtido no segundo trimestre de 2009, o Bradesco tem a intensão de realizar um corte de 10% no seu quadro de funcionários. “Deveria ser o contrário. Mais mão-de-obra tinha que ser contratada”, ressaltou o diretor do SEEB/CE, Océlio Silveira. Com isso, ocorre uma sobrecarga de trabalho, prejudicando os bancários e os clientes, que tem que encarar as enormes filas e um péssimo atendimento.

Durante o ato, os diretores do Sindicato dos Bancários do Ceará prometeram lutar pela reintegração dos dois funcionários demitidos, assim como evitar que mais trabalhadores sejam vítimas da truculência do Bradesco. “A cada vez que o banco demitir, viremos fazer uma reivindicação em frente a uma agência”, declarou o diretor do SEEB/CE e da FETEC/NE, Ribamar Pacheco, que afirmou ainda que, se preciso, os métodos de manifestação serão intensificados pela entidade.

Mas as palavras de indignação não ficaram restritas a temática “demissão”. As altas taxas e tarifas bancárias cobradas pelo banco e a falta de segurança em muitas unidades também foram questionadas pelos dirigentes. Para o diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco, Gabriel Motta, o banco não está, nem de perto, seguindo a responsabilidade social que tanto prega em suas propagandas milionárias. “Além de desrespeitar os próprios funcionários, este banco está desrespeitando a sociedade”, completou.

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