O Sindicato dos Bancários do Ceará (Seeb-CE) realizou, no dia 31 de agosto, paralisação de uma hora na agência do Banco do Brasil, em Fortaleza. O ato fez parte de um conjunto de ações que ocorreu em todo o Brasil, marcando o Dia Nacional de Lutas contra o assédio moral e as metas abusivas.
O ato contou com apoio dos bancários das agências, que andam preocupados com os abusos e o assédio do banco. A escolha da agência Estilo foi propositada.
Recentemente, funcionários daquela agência foram descomissionados de forma arbitrária. “O fato de ocorrer esses decomissionamentos significa uma política de enfrentamento do Banco do Brasil”, declarou Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará. Carlos Eduardo informou aos bancários que o Seeb-CE já está acompanhando o caso e atuará para que o banco respeite os direitos dos bancários.
O diretor do Seeb-CE e funcionário do Banco do Brasil, Bosco Mota, enfatizou que os bancários devem assumir uma postura de defesa da categoria e participar ativamente da mobilização para que esse tipo de arbitrariedade posse se extinguir. “Se os produtos são vendidos, o banco continua lucrando, mas atua com descomossionamento, a hora de enfrentar é agora. Somos nós que temos que fazer o enfrentamento”, disse o dirigente sindical.
A necessidade de uma nova visão com relação à saúde do trabalhador passa por uma nova política e estruturação dos bancos, lembrou Carlos Eduardo. Ele lembrou que o fim das metas abusivas e o combate ao assédio moral são lutas que nortearam a Campanha Nacional dos Bancários de 2010, que tem como tema “Outro Banco é Preciso” e como slogan “Pessoas em 1º lugar”. “Onde estiver ocorrendo assédio moral e metas abusivas, nós estaremos lá para denunciar”, disse Carlos Eduardo.
Uma pesquisa realizada pela Contraf-CUT, em maio de 2010, revelou que 80% dos bancários consideram o assédio moral e as metas abusivas os principais problemas enfrentados no local de trabalho. Dados do INSS também revelam que, em média, 1.200 bancários são afastados a cada mês por auxílio-doença, dos quais a metade por transtornos mentais e por LER/Dort.
A construção das reivindicações da Campanha Nacional levou em consideração a necessidade urgente dos bancos investirem na saúde dos trabalhadores.