Leitura de manifesto, distribuição de flores, faixas com protesto e denúncia dos bônus de altos executivos em “cheques” gigantes marcaram o Dia Nacional de Luta realizado pelos funcionários do Santander Real na terça-feira, 19.
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A manifestação ocorreu em várias partes do país e foi uma resposta rápida dos trabalhadores à postura da empresa que se nega a pagar uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) maior aos bancários. “Sabemos que altos executivos receberam muito. Estamos reivindicando é que o banco também valorize seus funcionários”, diz o diretor do Sindicato Marcelo Gonçalves.
O protesto começou nas primeiras horas da manhã nas principais concentrações do banco: Centro Administrativo Santander (1, 2, 3, 4 e da Bráulio Gomes), matriz e Majolão do Real. Depois, em mutirão, os dirigentes sindicais percorreram dezenas de agências nas zonas Norte, Sul, Leste, Norte, Centro, Paulista e Osasco.
“Os bancários entenderam a mensagem e chegaram a paralisar as atividades para a leitura de manifesto. Uma mostra de que a mobilização aumentará ainda mais caso o Santander não atenda as exigências dos trabalhadores”, destaca Marcelo.
Outra exigência dos bancários que teve apoio dos clientes foi a necessidade de mais trabalhadores para o atendimento nas agências. “É necessário que os clientes sejam atendidos por mais funcionários. Isso aperfeiçoa a qualidade do serviço e gera melhores condições de trabalho. Existe um centro de realocação, conquistado em mesa de negociação, que pode transferir mais pessoal, evitando demissões”, acrescenta.
A manifestação contou com participação da Contraf-CUT e da Afubesp. A próxima negociação entre os representantes dos trabalhadores e do Santander acontece na terça-feira, dia 26, quando se reúne o Comitê de Relações Trabalhistas.