Após três rodadas de negociações, o Banco Regional de Brasília (BRB) não apresentou qualquer proposta concreta para as reivindicações específicas dos funcionários na campanha salarial deste ano. Na terça-feira, dia 22, mais uma vez, os representantes do BRB adotaram postura frustrante e despreocupada ao afirmarem seguidamente que precisavam levar os temas em discussão para avaliação da direção do banco.
“O Sindicato reconhece que alguns itens da pauta necessitam de tempo para análise, mas os negociadores não deram a devida atenção às reivindicações, não apresentando nenhuma proposta. É um descaso”, critica Cida Sousa, diretora do Sindicato.
Nova rodada de negociação será marcada pelo BRB somente após avaliação das reivindicações pela diretoria, conforme pedido dos representantes patronais.
Apesar dessa postura de enrolação, a direção do banco determinou que os gestores realizassem reuniões em todas as unidades, para tentar convencer os funcionários a não aderirem à greve da categoria que pode começar nesta quinta. Usaram como argumento a promessa de que o BRB seguirá o que for acordado na mesa de negociações entre a Fenaban e o Comando Nacional dos Bancários e que o clima estaria bom, na opinião deles.
“Se o ambiente estivesse tranqüilo, a PLR ainda não estaria em aberto. A situação é de insatisfação. O PCS ainda dá brecha para reclamações, como as dos gerentes de negócios que se sentem não atendidos pelo plano. A atitude do banco de promover reuniões nas unidades se revela uma tática intimidatória contra a mobilização dos bancários e se trata de uma prática anti-sindical”, dispara André Nepomuceno, secretário-geral do Sindicato.
Diante dessa situação, é mais do que fundamental os funcionários do BRB participarem da assembléia desta quarta-feira (23), às 19h, na Praça do Cebolão, no Setor Bancário Sul. A categoria defenderá a deflagração de greve a partir de quinta (24) se a Fenaban não apresentar nada satisfatório até o final da tarde. “Se a decisão for greve por tempo indeterminado, os funcionários do BRB deverão aderir à paralisação. A luta é pelas reivindicações da categoria bancária toda. Não tem cabimento esperar que outros façam sozinhos a luta que é nossa também”, afirma Eustáquio Ribeiro, diretor do Sindicato.
Gerentes de negócios
Os gerentes de negócios do BRB estiveram reunidos no Sindicato na noite desta terça-feira (22) para discutir pendências relacionadas à implantação do PCS no banco. Os gerentes se sentem desprestigiados, uma vez que foram prejudicados pelo fato de não havido incorporação dos 65% do PPR no VR entre os níveis 2 e 5.
Os gerentes de negócios questionam ainda a gradação que leva em conta o porte de agência, pois não veem diferença no trabalho realizado entre eles. A gradação apenas provoca desestímulo, afetando a prospecção de negócios, na opinião desses funcionários.
Nova reunião será agendada para continuidade da luta específica.