Começa nesta terça-feira (28) a greve por tempo indetermindo dos engenheiros, arquitetos e advogados da Caixa Econômica no ES. A decisão foi tomada em assembleia da categoria, no dia 16 deste mês. O objetivo da paralisação é agilizar as negociações do Plano de Cargo e Salários (PCS) dos empregados da carreira profissional da CEF e garantir uma tabela salarial unificada para todos os funcionários.
O primeiro dia de greve contará com dois atos organizados pelos empregados da carreira profissional da Caixa. O primeiro acontecerá às 11h, na Enseada do Suá e o segundo às 14h, na Av. Castelo Branco. Também está marcada para esta terça-feira a nova assembleia da categoria, que será realizada às 18h30, no Sindicato dos Bancários. Em pauta, a organização e a avaliação da greve.
Na última campanha salarial dos empregados da Caixa Econômica, a empresa se comprometeu a apresentar um novo PCS para a carreira profissional. A expectativa era que a Caixa apresentasse um Plano de Carreira Unificado, para resolver as distorções salariais desse segmento da categoria. A CEF, entretanto, apresentou uma proposta insuficiente.
Atualmente existem jornadas de 4, 6 e 8 horas para a carreira profissional da Caixa – dentre eles, engenheiros, advogados, médicos, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiras. Também existem três Planos para estes profissionais – para os que ingressaram em 89, em 98 e um outro criado em 2006. A adesão a este último Plano, vale ressaltar, tinha por premissa condições abusivas: desistência das ações colidentes e exigência de saldamento do REG/REPLAN da FUNCEF.
Agora, com um novo PCS, apresentado em março/2009, além das premissas referidas acima, a CEF só garante a sua vinculação para aqueles profissionais que já aderiram ao PCS de 2006 (ou sua mesma versão em 2008). Além disso, o banco apresentou um plano de carreira somente com jornada de 8 horas, retirando, na prática, direitos já adquiridos e contribuindo para acabar com a jornada de 6 horas dos bancários, garantidos na legislação trabalhista.
O Sindicato dos Bancários/ES solidariza-se com os companheiros profissionais, dando-lhes o apoio material e político para a realização da greve. De acordo com a diretora Bernadeth Martins, “a greve é legítima e somente ela pode quebrar a política intransigente da CEF, que não valoriza seus empregados”.