Seeb VCR: oito dias depois de assalto, BB ainda está fechado em Ibicuí

Uma semana depois do assalto que deixou toda a cidade de Ibicuí assustada com a ousadia e frieza dos assaltantes, o clima não está muito diferente. Ao chegar na cidade, na manhã desta quarta-feira (13), diretores do Sindicato dos Bancários e a equipe do Jornal O PIQUETE BANCÁRIO perceberam nas ruas do município a desconfiança diante da presença de pessoas e veículos estranhos àquela comunidade.

A agência do Banco do Brasil continuava fechada para atendimento ao público, já que até o momento o setor de segurança do banco (RESEG) e o de Gestão de Pessoas (GEPES) não estiveram no local para ver as condições em que se encontram os funcionários e o espaço físico do banco. Apenas uma psicóloga enviada pela CASSI esteve na agência no dia seguinte ao assalto.

O presidente Delson Coêlho e os diretores Alex Leite e Leandro Neres se reuniram com os funcionários durante duas horas. Ouviram os relatos do momento de terror vividos naquele dia e o medo que estão passando atualmente. “Só sabe o que é isso quem passou. A gente fica sobressaltado, não dorme direito, não se alimenta, fica com medo pela nossa família”, afirmou um funcionário. Outro ainda completa: “a sensação é de total insegurança. Uma bombinha junina que estoura no meio da rua já assusta e o medo é de que esteja acontecendo outro assalto.”

Delson Coêlho demonstrou a sua preocupação com os trabalhadores da agência de Ibicuí e propôs, junto com os demais sindicalitas, a realização de uma série de investidas no sentido de cobrar uma maior segurança. “De imediato vamos buscar viabilizar uma audiência pública, envolvendo os diversos setores da sociedade ibicuiense, no sentido de criar um Conselho Municipal de Segurança”, e afirmou ainda que “precisamos exigir, enquanto cidadãos, que as diversas esferas governamentais garantam a segurança para a população, e, neste caso especial, para os nossos colegas bancários”.

A violência em Ibicuí tem chamado a atenção e, segundo informações colhidas, vários assaltos já aconteceram este ano em postos de gasolina, farmácia, lotéricas e outros estabalecimentos.

O retrospecto da agência de Ibicuí é assustador. São cinco assaltos em pouco mais de seis anos. “O banco vê isso como rotineiro, não dá importância aos fatos, e pela demora em realizar os procedimentos, podemos até dizer que não se importa com os funcionários, que, com isso, acabam vivendo com medo 24 horas por dia, temendo que um novo crime desta natureza se repita”, concluiu o presidente do Sindicato dos bancários de Vitória da Conquista e região.

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