Santanderprevi é denunciado na Previc por prejuízos aos participantes

Documento requer fiscalização e processo eleitoral democrático e transparente

Na última quarta-feira, dia 6, em Brasília, participantes do Santanderprevi – apoiados pela Anapar (Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão), Contraf-CUT, Sindicato dos Bancários de São Paulo, Afubesp e Sindicato dos Bancários do ABC -, protocolaram uma denúncia com pedido de fiscalização junto à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), por prejuízos causados aos participantes do plano que optaram pelo perfil moderado sem ações no ano de 2013.

Estiveram presentes em reunião os participantes do plano Valdir Ferraz de Oliveira e Antonio Valdir Ubeda Lamera, acompanhados da presidenta nacional da Anapar, Claudia Ricaldoni, e do secretário-geral da Afubesp e representante da Anapar em São Paulo, Walter Oliveira.

O Santanderprevi, que abriga mais de 44 mil participantes e é administrado no RH do Santander, efetuou uma compra de títulos públicos no início do ano passado no valor de R$ 240 milhões, que corresponde a 30% do montante do plano de R$ 800 milhões, causando um prejuízo de R$ 52 milhões a estes, mesmo ante previsões contrárias do mercado financeiro, que naquele momento sinalizavam para uma alta da taxa Selic.

A operação realizada contraria a essência da previdência complementar, porque não houve prudência e o principio básico de longo prazo não foi respeitado. A maior parte da posição foi liquidada semanas depois, gerando um prejuízo irreversível aos participantes.

Percebendo o ocorrido, um grupo de participantes se debruçou sobre o assunto e marcou reunião com os representantes do Santanderprevi/ Santander, onde tentou obter mais informações. Com as respostas imprecisas e pouca transparência não restou outro caminho a não ser encaminhar uma denúncia à Previc.

> Clique aqui para ler a integra do documento.

As eleições para representantes nos Conselhos Deliberativo e Fiscal do Santanderprevi, realizadas em 2011, já foram anuladas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por irregularidades no processo eleitoral. O episódio contribui para o ocorrido.

No entanto, o banco se recusa a realizar um processo democrático e transparente. A diretoria de fiscalização da Previc se comprometeu com os presentes a verificar a operação financeira relatada, as práticas de transparência do fundo de pensão e ainda o processo eleitoral.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram