Após 12 anos trabalhando no Santander, em Porto Alegre, uma funcionária, de 43 anos, foi surpreendida ao voltar da licença maternidade e ver seu antigo cargo preenchido por outra pessoa.
Com isso, a bancária pediu para mudar de setor, onde não se adaptou e acabou tendo a sua demissão solicitada pelo gestor imediato. O caso foi denunciado na edição de domingo (12), dia das mães, no jornal Zero Hora. Só não foi informado o nome do banco privado.
Ao se apresentar para o exame médico demissional, foram constatados diversos problemas de saúde causados por lesões por esforços repetitivos, e a exoneração foi suspensa.
– Só nesse momento me dei conta do quanto estava mal e entrei em depressão. Assim, fiz uma reflexão de tudo o que me aconteceu e decidi entrar na Justiça por doença de trabalho, além de cobrar as horas extras e a equiparação salarial – relata a bancária.
Principais causas de ações trabalhistas
O jornal também apresentou reportagem sobre os motivos das maiores demandas na Justiça, destacando-se salários, horas extras, danos morais e não recolhimento do FGTS.
Dos cerca de 200 mil processos cadastrados no Tribunal Superior do Trabalho (TST), mais de um quarto destes se referem a honorários (35.785 por horas extras e 21.570 por intervalo intrajornada).
Além disso, tramitam 19 mil ações relativas a danos morais, 16 mil a terceirizações e 9 mil por adicional de insalubridade.
No Rio Grande do Sul, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) não tem registros por demandas, mas o cenário é parecido com o nacional:
– As questões das horas extras, adicional por insalubridade, verbas de rescisão de contrato, reconhecimento de vínculo de emprego e não recolhimento do FGTS são as principais causas de ações trabalhistas no Estado – afirma o juiz Marcelo Bergmann, do TRT4.