São Paulo – Em assembléia realizada ao meio-dia desta terça-feira, dia 3, em frente ao Casa 3, os bancários que trabalham na concentração do Santander localizada na Avenida Interlagos, em São Paulo, decidiram permanecer parados durante todo o dia. A votação foi feita com cédulas e a apuração mostrou que mais de 90% das pessoas decidiram pela manutenção do protesto. Cerca de 1.800 bancários estão parados no local. Veja mais detalhes aqui.
Polícia – O banco, no entanto, não quis respeitar a decisão dos trabalhadores e chamou a polícia para forçar a entrada. Diante disso, o ato legítimo e pacífico dos bancários foi transformado e dois dirigentes sindicais foram levados para a delegacia: a diretora do Sindicato dos bancários de São Paulo, Osasco e região (Seeb/SP) Rita Berlofa e o diretor da Fetec/CUT-SP Adalto Uchoa. Eles prestaram depoimento e foram liberados.
Lucro e demissões – O ato, que começou nas primeiras horas do dia, teve como objetivo mostrar o repúdio dos bancários às demissões anunciadas em janeiro e exigir seriedade do banco no processo de negociação com os trabalhadores. O Santander interrompeu na semana passada, sem previsão de retorno, seis meses de negociações. Isso aconteceu alguns dias depois do anúncio de cerca de 400 demissões no país. Na semana passada, o banco espanhol anunciou que seu lucro recorrente em 2008 foi quase 10% superior ao registrado em 2007.
Segundo a diretora do Sindicato dos bancários de São Paulo e funcionária do Santander Rita Berlofa, os bancários deram uma grande demonstração de força participando do ato. “O banco está tratando com imenso desrespeito os trabalhadores. Não descansaremos enquanto o banco não cessar de fato as demissões e retomar com seriedade as negociações. Exigimos que a empresa trate os bancários brasileiros da mesma forma que os espanhóis, com respeito ao emprego de todos os funcionários”, disse a dirigente.