Salvador amanheceu sem ônibus, sem aula, bancos e comércio contra o PL 4330

Estudantes da Federal da Bahia aderiram aos protestos contra a terceirização

Salvador amanheceu sem ônibus, sem aula, sem vigilância, sem bancos e boa parte do comércio também parou. Diversas categorias no estado aderiram ao Dia Nacional de Paralisação contra o PL 4330/2004 e suspenderam as atividades. Até às 9h nenhum coletivo na capital baiana deixou as garagens. Vias de acessos importantes para a cidade como a BR 324 e a Paralela foram interditadas pelos trabalhadores e trabalhadoras que reagiram a aprovação do PL que retira direitos historicamente conquistados.

“Desde as primeiras horas da manhã estamos mobilizados em resposta a aprovação desse projeto tão prejudicial para a classe trabalhadora. Não vamos descansar até que os riscos de que essa lei aprovada dentro do Congresso Nacional sejam definitivamente afastados. Entendemos que é a nossa missão esclarecer a sociedade sobre a subtração dos nossos direitos”, afirmou o presidente da CUT Na Bahia, Cedro Silva.

O Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), deu início às atividades nas primeiras horas da manhã, travando vias de acessos importantes. “Bloqueamos a via de acesso à Refinaria Landulpho Alves, para mostrar que somos contrários a esse projeto de Lei tão nefasto para os trabalhadores”, afirmou Deyvid Bacelar, coordenador geral do Sindipetro Bahia.

Bancários, professores, eletricitários, trabalhadores em limpeza, segurança e alimentação, petroleiros e outras categorias importantes também aderiram aos protestos. “O Sinergia segue firme nessa luta. Paramos a Coelba em Narandiba, a Chesf em Pituaçu e a Global em Candeias. Nós, trabalhadores e trabalhadoras, não vamos aceitar que direitos conquistados a duras penas sejam usurpados. Esse PL 4330 é um retrocesso e isso não vamos aceitar”, afirmou Cristina Brito, presidente do Sinergia e vice-presidente da CUT na Bahia.

Além de Salvador e região metropolitana, cidades como Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus , Camaçari, Catu, Itamarajú, Juazeiro, Senhor do Bonfim, Vitória da Conquista, Feira de Santana, Teixeira de Freitas, Ilhéus, Itabuna, Pojuca, Candeias e Araçás, também estão na luta contra o PL 4330. Para o presidente da CUT na Bahia, Cedro Silva, apesar dos transtornos causados à população, a avaliação das primeiras horas de protesto na capital e interior da Bahia são extremamente positivas.

À tarde, uma marcha no Campo Grande, até a Praça Municipal, encerra os atos na capital baiana nesta quarta-feira, a partir das 15h.

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