A despeito do avanço da sociedade de consumo e do ceticismo de parcela da juventude, tem muita gente se mexendo – e muito – para mudar a realidade de sua comunidade e de seu país. É crescente o inconformismo dos jovens da América do Sul com as injustiças sociais, conforme mostra a reportagem de capa da edição de março da Revista do Brasil.
E a revista destaca ainda mulheres muito especiais, como as que estão fazendo da blogosfera uma grande frente de batalha na guerra pela informação de qualidade; a ex-secretária de Inspeção do Ministério do Trabalho Ruth Vilela, uma das principais articuladoras do Programa Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo; e até a Rainha do Cangaço, Maria Bonita – que completaria 100 anos sabe quando? Exatamente neste 8 de março.
Em São Paulo, professores que ralaram para passar em concurso público e realizar o sonho de ensinar nas escolas públicas foram barrados, pelo estado, por serem obesos. No interior do Ceará, organizações de direitos humanos ainda lutam para reparar, de alguma forma, a dignidade das vítimas de campos de concentração criados pelos coronéis, nos anos 30, para manter longe da capital os retirantes que fugiam da seca e da miséria.
Em Brasília, depois de passar com folga pela votação do salário mínimo, o governo Dilma não deve esperar vida fácil nas relações com o Congresso à medida que os debates se aproximarem de 2012, mais um ano de eleição. E o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, concorda que o país precisa de um novo marco regulatório para o setor, mas avisa que não terá pressa.
O Fórum Social Mundial, sediado mais uma vez no continente africano, em Dakar, no Senegal, também está na revista, assim como a moda de viola e os 80 anos de João Gilberto.
A revista traz, ainda, análise da onda revolucionária no mundo árabe e uma reportagem sobre Lisboa, em que seu guia é o poeta Fernando Pessoa.