Reunião secreta de bancos com PM de Serra será denunciada a autoridades

Nos próximos dias, o Sindicato dos Bancários de São Paulo vai se reunir com uma série de entidades para denunciar o encontro secreto entre a federação dos bancos (Febraban) e a Polícia Militar de São Paulo na sexta-feira, dia 11. Na ocasião, os banqueiros e os policiais discutiram a montagem de um esquema de “ação conjunta” para reprimir a greve dos bancários.

A primeira reunião do Sindicato será nesta sexta-feira, dia 18, com os deputados estaduais, na Assembléia Legislativa de São Paulo. “Vamos denunciar o caso aos parlamentares e solicitar que eles apresentem um requerimento para convocar a Secretaria de Segurança Pública do Estado a prestar esclarecimentos sobre a reunião. O Sindicato já fez esse pedido diretamente à Secretaria, mas até agora não obtivemos respostas”, explica a secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira.

O próximo passo é levar a denúncia da reunião secreta para o Ministério Público do Trabalho (MPT) e para o Tribunal Regional do Trabalho (TRT). “Queremos envolver esses órgãos, porque o caso é muito grave, trata-se de crime contra a organização do trabalho. O direito de greve dos trabalhadores está garantido na Constituição Federal e essa repressão, além de ilegal, é imoral, porque envolve violência. Aliás, a função da PM é trabalhar na segurança da população, e não em defesa de interesses particulares, como é o caso dos banqueiros”, afirma Juvandia.

A reunião secreta

Durante a reunião secreta, a Febraban solicitou apoio da PM para o cumprimento dos interditos proibitórios, que visam coibir as manifestações do Sindicato nas agências e concentrações bancárias.

A Federação Brasileira dos Bancos teria informado à PM as localidades de maior ação do Sindicato – Centro Velho, Paulista, Santo Amaro, Osasco – e sobre uma “possível união entre o Sindicato dos Vigilantes e o Sindicato dos Bancários”.

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