A reunião da Contraf-CUT com o novo presidente do HSBC Brasil, Conrado Engel, foi adiada para o dia 12 de agosto. O objetivo é retomar as negociações permanentes visando solucionar os problemas pendentes com os bancários, entre eles as demissões, a falta de funcionários, a baixa remuneração, o Plano de Cargos e Salários (PCS), as péssimas condições de trabalho e as pressões por cumprimento de metas – que estão levando muitos trabalhadores a se demitirem. No mesmo dia, às 10h, a COE HSBC estará reunida na sede da Contraf.
A reunião, que será realizada no prédio da Tower Faria Lima, em São Paulo, foi inicialmente agendada para o dia 28 de julho, depois que a Contraf-CUT enviou carta ao novo presidente do banco para manifestar “nossas preocupações em relação aos rumos que o HSBC está tomando no Brasil”, que paga os piores salários do mercado e ocupa “o primeiro lugar no ranking de reclamações do Banco Central”.
Veja a carta enviada pela Contraf-CUT ao banco:
São Paulo, 22 de junho de 2009
Ao
Banco HSBC Brasil
Att. Sr. CONRADO ENGEL
Presidente
Prezado Senhor,
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que representa 80% dos trabalhadores bancários do Brasil, gostaria em primeiro lugar de manifestar as boas-vindas ao Senhor e desejar êxito em seu novo desafio.
Certos de que poderemos manter um diálogo construtivo que possa resultar em benefício tanto dos trabalhadores como da empresa, gostaríamos também de expressar nossas preocupações em relação aos rumos que o HSBC está tomando no Brasil, que tem provocado desgaste nas relações com os bancários.
No Encontro Nacional de Dirigentes Sindicais do HSBC, realizado em Curitiba nos dias 02 e 03 de junho/2009, o representante do banco anunciou a intenção do grupo de ampliar os investimentos no segmento de varejo no Brasil. No entanto, o HSBC está demitindo trabalhadores e fechando agências.
Nas dependências, há uma insatisfação generalizada, constatada pelo alto índice de pedidos de demissões. A remuneração dos bancários do HSBC é uma das piores do sistema financeiro. O Plano de Cargos e Salários (PCS) está obsoleto e desnivelado. E faltam funcionários nas dependências, que é uma das razões de o banco ocupar o primeiro lugar no ranking de reclamações do Banco Central há mais de 1 ano.
Em razão disso, solicitamos reunião com V. Sa. para buscarmos soluções aos problemas e assim melhorarmos o clima organizacional na empresa.
Atenciosamente,
Carlos Cordeiro
Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)