Após três rodadas de negociação sem propostas dos banqueiros, os trabalhadores realizaram um protesto de advertência, nesta quinta-feira 10, para cobrar avanços nas próximas rodadas. O atraso no início dos trabalhos, na região central de São Paulo, se estendeu até às 12h.
As atividades foram paralisadas em 45 agências do Centro Velho e nos centros administrativos do Unibanco Patriarca e Boa Vista, Complexo São João do Banco do Brasil e Nossa Caixa da Rua XV de Novembro e Álvares Penteado, mobilizando 6.500 trabalhadores.
“A Fenaban tem de apresentar uma proposta aos bancários. Com essa postura, os banqueiros estão empurrando os trabalhadores à greve por tempo indeterminado”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.
A próxima rodada de negociação está marcada para o dia 17 de setembro. Os bancários reivindicam reajuste salarial de 10% (reposição da inflação mais 5% de aumento real), PLR de três salários + R$ 3.850, fim das metas abusivas e do assédio moral, plano de carreiras, cargos e salários (PCCS), valorização dos pisos e das verbas e mais segurança nas agências para bancários e clientes.
Dados da Categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem um acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com mais de 465 mil bancários, sendo 134 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Confira as principais reivindicações da categoria
> Índice de 10% (reposição da inflação mais 5% de aumento real)
> PLR de três salários + R$ 3.850
> Tíquete-refeição R$ 19,25 ao dia
> Cesta-alimentação R$ 465 ao mês (um salário mínimo)
> 13ª cesta-alimentação R$ 465 (um salário mínimo)
> Auxílio-creche/babá R$ 465 ao mês (um salário mínimo)
> Valorização dos pisos com base no salário mínimo do Dieese
Portaria R$ 1.432
Escriturário R$ 2.047
Caixa R$ 2.763
1º Comissionado R$ 3.477
1º Gerente R$ 4.605
> Contratação de toda remuneração (inclusive a parte variável, com o objetivo de acabar com imposição de metas abusivas)
> Garantia de emprego
> Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) para todos, construído a partir de negociação com os representantes dos trabalhadores
> Fim do assédio moral
> Mais segurança bancária
> Ampliação da licença-maternidade para seis meses
> Igualdade de direitos entre os trabalhadores da ativa e os afastados por motivo de adoecimento, como vale transporte, tíquete-refeição e cesta-alimentação
> Auxílio-educação para todos