Reeleito na Bolívia, Evo Morales dedica vitória a “governos anti-imperialistas”

O presidente da Bolívia, Evo Morales, dedicou sua vitória nas eleições gerais do país, apontada por todas as pesquisas de boca-de-urna divulgada após o pleito e que dão a ele mais de 59% dos votos, aos “governos anti-imperialistas”.

“Este triunfo não é só dos bolivianos. Dedicaremos ele a todos os governos e povos anti-imperialistas”, afirmou o mandatário após a divulgação das primeiras projeções.

No domingo, cerca de cinco milhões de bolivianos compareceram às urnas para escolher presidente, vice-presidente. No país, também foram eleitos os membros da Assembleia Plurinacional Legislativa, órgão que substituirá o Congresso do país.

O principal adversário de Morales no pleito, o candidato do partido Plano Progresso para a Bolívia (PPB), Manfred Reyes Villa, já reconheceu a derrota nas eleições e prometeu “uma oposição construtiva, em defesa da democracia”.

Em seu primeiro discurso após as pesquisas de boca-de-urna, Morales pediu para os bolivianos se unirem e trabalharem pelo processo de mudança.

“Convoco os prefeitos, os dirigentes cívicos que, todavia, se distanciam, os intelectuais, que têm dúvidas, que venham trabalhar pela Bolívia”, propôs o presidente, que integra Movimento ao Socialismo (MAS).

A rede estatal televisiva boliviana informou que Morales obteve 59% dos votos. Já as emissoras privadas anunciaram porcentagens maiores de aprovação. A PAT destaca 61% dos votos, a Unitel 62% e a ATB, 60,8%.

A imprensa também pontuou que o mandatário venceu em seus principais redutos políticos, como La Paz (81,1% dos votos), Oruro (75%) e Potosí (70%).

As informações, baseadas em análise de consultorias, ainda ressaltam que Morales ganhou em departamentos (estados) em que havia perdido nas eleições presidenciais de 2002 e no referendo constitucional realizado no último mês de janeiro, como Cochabamba, Tarija, Chuquisaca.

Caso estas projeções sejam confirmadas pela Corte Nacional Eleitoral (CNE), o MAS terá a maioria das cadeiras da Assembleia Plurinacional Legislativa, posição necessária para a continuidade do governo de Morales, que deverá ficar à frente do país por mais cinco anos.

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