O prédio do Bradesco na Alameda Santos concentra os funcionários do antigo BMC, que foi comprado pelo Bradesco em 2007. Lá o Sindicato dos Bancários de São Paulo realizou um protesto na segunda-feira, dia 27, para denunciar a intenção do banco de retirar direitos dos trabalhadores.
Segundo denúncias a dirigentes sindicais, bancários estão sendo pressionados a assinar uma carta solicitando transferência para o Finasa. Na prática, isso significa que esses trabalhadores deixarão de ser bancários e passarão a promotores de vendas perdendo direitos históricos da categoria como PLR e vale-refeição, entre outros.
A funcionária do Bradesco e diretora do Sindicato Neiva Maria Ribeiro orienta os bancários a não assinar a carta de transferência que inclusive não tem nenhuma identificação do banco e denunciar ao Sindicato qualquer tipo de pressão.
“O banco alega que os salários e conquistas desses trabalhadores serão mantidos. Mas não acreditamos. A verdadeira intenção no longo prazo é retirar os direitos como PLR e jornada de seis horas. Vale lembrar também que com a transferência para o Finasa esses funcionários terão que trabalhar aos sábados sem direito a hora extra”, afirma Neiva, lembrando que os trabalhadores da Finasa são prejudicados por uma série de irregularidades praticadas pelo banco.
“Eles são registrados na carteira como promotores de vendas em vez de financiários. Alertamos para que esses trabalhadores recorreram à Justiça para exigir a equiparação”, completa.