Manifestação ocorreu nesta segunda no centro de São Paulo
O Sindicato dos Bancários de São Paulo realizou nesta segunda-feira, dia 4, um protesto em frente ao prédio da Patriarca do Itaú Unibanco para denunciar a sobrecarga de trabalho dos bancários da concentração. O ato também serviu para lamentar o falecimento por infarto, no domingo, dia 27 de março, de um bancário da Gerencia de Ofícios.
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A entidade recebeu denúncias de que os funcionários do setor trabalham das 9h às 21h30 todos os dias, de segunda a sábado. “Muitos bancários vieram conversar com a gente e denunciar que esta situação vivida na Gerência de Ofícios acontece em muitos outros departamentos. A falta de funcionários e a sobrecarga de trabalho são as principais razões para essa jornada que prejudica a saúde dos trabalhadores, o que se agravou após a fusão das instituições por conta das muitas demissões e falta de reposição”, diz o diretor do Sindicato Júlio Cesar Silva Santos.
Muitos funcionários se aproximaram dos dirigentes sindicais durante o protesto, realizado na sexta 1º, para relatar detalhes de sua convivência com o bancário falecido. Um dos depoimentos foi especialmente surpreendente.
“Um bancário contou que em roda de conversa recente o bancário falecido tinha dito aos colegas para ‘não se matarem de trabalhar’ como ele, porque se ‘amanhã a gente morre eles não estão nem aí e no dia seguinte colocam alguém no nosso lugar’. E não é que na própria segunda-feira, um dia depois do enterro, já tinha um jovem aprendiz no posto de trabalho dele?”, relata Julio, para quem este é mais um exemplo da política de redução de custos do banco que acaba trazendo mais sobrecarga de trabalho.
“Para economizar, eles substituem um bancário experiente por um garoto, e acaba sobrando para os colegas, que terão que fazer o serviço mais complicado, que o novato não pode executar”, conclui Júlio.
