Proposta de 6,1% é incompatível com desempenho dos bancos, diz Dieese

A proposta para reajuste salarial de 6,1% oferecida pelos Federação dos Bancos (Fenaban) aos bancários não apresenta aumento real nos salário e é totalmente incompatível com os resultados do sistema financeiro no Brasil. A avaliação é do diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. “É o setor econômico mais rentável presente na nossa economia”, afirmou na sexta-feira (13), em seu comentário diário na Rádio Brasil Atual.

A pauta nacional para renovação da convenção coletiva trabalho dos bancários, que tem alcance nacional, inclui ainda aumento real de 5%, piso salarial de R$ 2.860, Participação nos Lucros ou Resultados no valor de três salários somados a uma parcela adicional fixa de R$ 5.553,15 e vales refeição, alimentação, 13ª cesta e auxílio creche no valor do salário mínimo nacional, R$ 678, cada. Além de melhoria nas condições de saúde, auxílio educação, segurança, igualdade de oportunidades, entre outros.

“É uma proposta bastante ampla e o que os banqueiros apresentam é muito inferior àquilo que os bancários estão colocando na mesa e muito inferior à capacidade econômica que os bancos têm de distribuir os resultados”, afirma Ganz Lúcio. Segundo o diretor, a distribuição mais justa dos resultados contribui para melhorar os empregos, as condições de trabalho e a qualidade de vida dos trabalhadores.

Em assembleias realizadas nas principais bases sindicais do país no dia 12, os bancários rejeitaram o índice de reajuste salarial sem aumento real e aprovaram o início de greve por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira (19), caso a Fenaban não apresente nova proposta.

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