Reunidos em assembleia, na noite da última quinta-feira (23), no Sindicato dos Bancários da Paraíba (Seeb-PB), advogados, engenheiros e arquitetos da Caixa Econômica Federal na Paraíba deliberaram pela deflagração de greve por tempo indeterminado, a partir de 0h00 do dia 28 de abril. A primeira avaliação do movimento paredista acontecerá ao final do segundo dia de greve.
Os profissionais da Caixa demonstraram toda sua insatisfação ao analisarem a nova proposta da empresa para a revisão da atual estrutura salarial da carreira profissional, apresentada na rodada de negociação com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), quarta-feira, 22 de abril. “A proposta é insuficiente e não atende à reivindicação dos técnicos, que vão cruzar os braços em protesto. Só na pressão é que a direção da Caixa vai atender aos anseios do seu quadro técnico”, ressaltou Lucius Fabiani, presidente do Sindicato dos bancários da Paraíba e funcionário da Caixa, que coordenou a assembleia.
Na análise dos profissionais, em relação à tabela preliminar apresentada em 26 de março, a empresa manteve o mesmo número de referências salariais e aumentou o piso de R$ 5.030,00 para R$ 5.700,00. O teto ficou no patamar de R$ 8.400,00.
Pela proposta da Caixa, a variação máxima de aumento chega a 23,2%. Proposta, aliás, carrega no começo e diminui o percentual a partir da segunda metade das referências salariais, devido ao modelo de progressão geométrica decrescente. Também continua excluindo os profissionais que estão no Plano de Cargos e Salários (PCS) de 1998 e mantém oito horas de jornada para todos os trabalhadores, sem possibilidade de mudanças.
A Caixa pretende ainda retirar a possibilidade de migração para a nova tabela dos profissionais que não fizeram a opção nos anos de 2006 e 2008. Diante dessa falta de valorização da carreira profissional, a Contraf/CUT – CEE/Caixa orienta os profissionais a manterem a mobilização por todo o país, com reuniões e assembléias em seus locais de trabalho para forçar a direção da empresa a apresentar uma proposta de estrutura salarial que elimine distorções.
O movimento é nacional e a diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba seguiu as orientações da Contraf-CUT e da CEE/Caixa, que recomendaram a realização de assembleias com os profissionais como advogados, arquitetos, engenheiros e demais profissões contantes na RH 060 (normativo da Caixa que enquadra esses profissionais) em todo o País, para que a pressão surta o efeito desejado.