Presidenta Dilma a Marina Silva: “não tenho banqueiro me sustentando”

Candidata à reeleição alfinetou relações da adversária com Itaú

Presidente Dilma Rousseff na ofensiva; em discurso, ela lembrou à adversária, que tem como coordenadora de seu programa de governo Neca Setubal, herdeira do banco Itaú, e já recebeu voto declarado do presidente da instituição, Roberto Setúbal: “Eu não tenho banqueiro me apoiando. Eu não tenho banqueiro, você entende, me sustentando”; ano passado, Neca doou R$ 1 milhão ao Instituto Marina Silva.

Brasil 247

A proposta de independência do Banco Central da candidata Marina Silva (PSB) rendeu um bate-boca entre ela e a presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira 9. Depois de um comercial da campanha do PT ter acusado Marina de dar aos banqueiros um poder de decisão de presidente e do Congresso, Marina rebateu dizendo que Dilma foi quem beneficiou os bancos em sua gestão, criando o “bolsa banqueiro”.

No final desta tarde, a candidata à reeleição alfinetou a adversária, que tem como coordenadora de seu programa de governo Neca Setubal, herdeira do Itaú, e recentemente ganhou voto declarado do presidente da instituição financeira, Roberto Setubal. “Não adianta querer falar que eu fiz bolsa banqueiro. Eu não tenho banqueiro me apoiando. Eu não tenho banqueiro, você entende, me sustentando”, atacou Dilma Rousseff.

A petista voltou a criticar a proposta de independência do Banco Central de Marina. “O Banco Central, como qualquer outra instituição, não é eleito por tecnocrata nem por banqueiros”, mas por “quem tem voto direto. E o que o Congresso faz com o Banco Central? Chama e manda prestar contas”, disse.

Ela fez depois referência direta ao programa da presidenciável pelo PSB: “eu não digo isso porque sonhei com isso, está escrito no programa: autonomia do Banco Central e todo mundo sabe o que é autonomia do Banco Central”. Segundo Dilma, se autônomo, o Banco Central vai tomar decisões como definir a taxa de juros e a política de créditos “sem prestar contas ao Executivo e nem sequer ao Legislativo”.

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