A manifestação de protesto realizada pelo Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (SindBancários) na manhã desta sexta-feira, dia 20, na diretoria regional do HSBC, surtiu efeito: o banco inglês confirmou para a próxima quarta-feira, dia 25, a retomada das negociações com a Comissão de Organização de Empresa do movimento sindical bancário, em São Paulo.
Os bancários fecharam a unidade localizada na Rua Olavo Barreto Viana, esquina com a 24 de Outubro, junto à agência Moinhos de Vento. Também distribuíram à população uma carta aberta com o título: HSBC: basta de demissões, exploração e falta de respeito. O banco anunciou o fechamento de três unidades em Porto Alegre: Bom Fim, Azenha e Bourbon Assis Brasil.
“Nossa atividade, integrada ao Dia Nacional de Lutas, foi muito positiva. Como o banco confirmou a negociação para a próxima semana, a nossa contrapartida foi encerrar o ato ao meio-dia. Denunciamos a decisão arbitrária do banco à população e aos clientes do banco, que apoiaram nossa manifestação. Também aderiram os bancários que estão ameaçados de perder seus empregos. Nosso ato chegou à direção. Agora vamos negociação o fim das demissões e a readmissão dos colegas dispensados”, avaliou o diretor Jurídico do SindBancários e funcionário do HSBC, Lucio Mauro Paz.
Já o secretário-geral do Sindicato, Fábio Soares Alves, lembrou a receptividade carinhosa do povo brasileiro ao príncipe Charles e sua esposa, Camila Bowles, em recente visita ao Brasil. Os ingleses foram recebidos com carinho e respeito por todos. Ouviram a Aquarela Brasileira, conheceram a Amazônia, e brincaram com nossas crianças. Uma semana depois, trata os trabalhadores com desrespeito e provoca um corte de dezenas de empregos em todo o Brasil. Isso é inadmissível”, acrescenta.
Além da capital gaúcha, em São Paulo, foram 17 agências que fecharam na semana passada. Também foram extintas dependências em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Paraná e outros estados, com mais de 200 bancários perdendo seus empregos
O banco inglês ignorou afirmações feitas para os dirigentes sindicais em recente negociação. O presidente mundial disse que o Brasil, Índia e China eram os países mais promissores para o crescimento da instituição, agora vem o presidente do HSBC no Brasil, na contramão, fechando agências e demitindo trabalhadores.