A Polícia Federal (PF) divulgou oficialmente na sexta-feira (3) o total apreendido na operação Mercari que investiga suposto esquema de superfaturamento de ações de marketing do Banrisul: R$ 2 milhões; 185,6 mil dólares; 70,8 mil euros e 10,1 mil libras esterlinas.
Os valores foram encontrados na quinta-feira nas residências do superintendente de marketing do Banrisul, Walney Fehlberg; Armando D”Elia Neto, da DCS; e Gilson Storck, da SLM; e nas sedes das agências de publicidade, em Porto Alegre. Segundo a PF, os três responderão por peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Na sexta-feira à noite, mais uma pessoa foi presa por suspeita no envolvimento no desvio de recursos do Banrisul. Por ação da PF e do Ministério Público estadual, Davi Antunes de Oliveira, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça à tarde, foi preso no início da noite na Capital.
Segundo o superintendente da PF, delegado Ildo Gasparetto, o detido é apontado na investigação como o operador do esquema, responsável por agrupar as empresas terceirizadas e supostos laranjas para o desvio dos recursos do Banrisul.
Também na sexta-feira foi divulgado que a Polícia Civil também irá investigar o caso. Nos próximos dias, a Polícia Federal irá pedir a quebra do sigilo bancário dos três suspeitos, detidos na carceragem da PF. O superintendente da PF no Estado, delegado Ildo Gasparetto, disse que o dinheiro apreendido foi depositado no Banrisul e, posteriormente, o montante foi transferido ao Banco do Brasil.
O Tribunal de Justiça do Estado decretou, na noite de quinta-feira, a prisão preventiva dos três suspeitos de envolvimento no caso. Os valores apreendidos com eles passam de R$ 3 milhões, em dólares euros, libras e reais. Conforme a PF, o esquema causou prejuízos de mais de R$ 10 milhões ao Banrisul nos últimos 18 meses.
As agências, que haviam vencido licitação, subcontratavam empresas de menor porte do setor para a execução das ações de marketing, a preços menores do que os fixados no contrato.
