Valor Econômico
Alessandra Bellotto, de São Paulo
Os planos de previdência privada aberta tiveram o melhor primeiro trimestre desde o início da série histórica, em 2005. A arrecadação superou os R$ 10 bilhões entre janeiro e março deste ano, o que representou um crescimento de 27,90% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).
Além de ser o maior volume captado em um primeiro trimestre, também o percentual de expansão foi destaque. Crescimento acima de 20% só foi verificado no início de 2008. Desde 2005, os volumes de depósitos crescem ano a ano. As estatísticas, contudo, só consideram as aplicações, não eventuais resgates.
O grande destaque do trimestre continua sendo o VGBL, mais indicado para quem não declara imposto de renda pelo modelo completo. Esses planos atraíram quase 80% do volume total, o equivalente a R$ 7,8 bilhões, uma alta de 38,70% na comparação com 2009.
Já o PGBL – adequado para quem faz a declaração completa, uma vez que permite deduzir até 12% da base tributável – arrecadou cerca de R$ 1,3 bilhão no trimestre, volume levemente abaixo do registrado no primeiro trimestre do ano passado. A captação dos planos tradicionais recuou 0,42% no período, para R$ 884,4 milhões. Os demais planos de previdência (FAPI, PGRP e VGRP) captaram R$ 3,8 milhões no trimestre, queda de 8,83%.
As reservas, recursos acumulados pelos titulares dos planos de previdência complementar, atingiram um saldo de R$ 184,4 bilhões, com expansão de 24,13% no trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior. As provisões do VGBL aumentaram 35,44%, para R$ 102,3 bilhões. Já o PGBL cresceu 21,06% no período, com as reservas chegando a R$ 49,7 bilhões.
Os planos individuais arrecadaram R$ 8,3 bilhões no primeiro trimestre, com expansão de 34,73% na comparação com os R$ 6,1 bilhões captados no mesmo período do ano passado. Os empresariais também captaram mais, apesar de representarem parcela menor do total de planos. O crescimento foi de 17,95%, para R$ 1,4 bilhão. Os planos voltados para menores atraíram R$ 334 milhões.