O caos impera nas agências Agamenon, Iputinga e Boa Viagem do Unibanco. Para fazer a reforma dos prédios, a empresa contratada pelo banco retirou todo o piso de uma vez. Os empregados trabalham sobre crateras. Em alguns locais, o desnível do piso é de quase um palmo. O chão irregular é coberto pelo carpete, expondo clientes e funcionários ao risco de quedas e contusões. Não é tudo. Há móveis amontoados, que impedem o acesso dos empregados aos arquivos. E muita, muita poeira. Pior: para fazer a reforma, o banco retirou todos os equipamentos de segurança das agências. Filmadoras, alarmes… tudo foi desligado.
Na semana passada, o Sindicato entrou em contato com os representantes do banco. Ouviram promessas de que, no final de semana, o piso seria colocado. Neste sábado e domingo, a secretária de Saúde do Sindicato visitou as unidades. “Não apenas não colocaram o piso, como elas amanheceram, nesta segunda-feira, 2, em situação ainda pior”, conta o secretário de Saúde, João Rufino. A entidade já apresentou denúncias à Delesp – Delegacia Especial de Segurança Privada, da Polícia Federal. E à Superintendência Regional do Trabalho. Com esta última, foi marcada mesa redonda, na próxima quinta, 5, para tratar do assunto, com participação de representantes do Sindicato, do Sindicato da Construção Civil, do banco, e da empresa responsável pelas obras.
Os bancários pedem a suspensão imediata da execução das reformas nestas condições. E querem que seja apresentado o plano de reforma das demais agências, para evitar novos problemas. “É uma falta de respeito para com os clientes e empregados. E também para com os prestadores de serviço. Os vigilantes ficam completamente expostos no meio do caos. É bom que fique claro que qualquer problema de assalto que ocorra nestas agências durante este período é de inteira responsabilidade do banco”, salienta Rufino.