Bancários, usuários e clientes caminharam na tarde desta quinta-feira, dia 9, pelas ruas do centro de Porto Alegre no Passeatão dos Bancários. A manifestação, que integrou as atividades da Campanha Nacional sob o tema “É hora de enfrentar a ganância: outro banco é preciso”, saiu da Praça de Alfândega por volta das 18h. Depois de percorrer parte da Caldas Jr., Siqueira Campos, Sete de Setembro, Borges de Medeiros, Riachuelo e General Câmara, se dispersou em frente à Casa dos Bancários, por volta das 19h.
Bandeiras, faixas, carro de som e uma bateria de escola de samba davam o fundo para as chamadas que os sindicalistas repetiam pelo carro de som. Os participantes destacavam que a luta dos bancários é de todos e que os bancos têm que cumprir o seu papel social e atender bem a sociedade. “O sistema financeiro é o setor que mais lucra, menos emprega e mais demite no país”, denunciaram os dirigentes sindicais.
O caso do desvio de dinheiro do Banrisul também serviu de alerta à população que parava para ouvir, ver e dar passagem à caminhada. “Os bancos públicos devem fomentar a economia e não explorar os servidores e a população. Que os acusados sejam punidos e o dinheiro desviado devolvido aos cofres públicos para serem aplicados no desenvolvimento do Estado”, enfatizavam os sindicalistas.
Ao final da caminhada, os participantes foram informados sobre o resultado da terceira rodada de negociação entre o Comando Nacional e a Fenaban, finalizada na tarde desta quinta, em São Paulo. Não houve avanço nas negociações, os banqueiros alegam não terem condições de atender as reivindicações dos bancários.
Para o presidente do SindBancários, Juberlei Baes Bacelo, o Passeatão cumpriu seus objetivos. “Pela participação de colegas de diversos bancos, percebemos que há uma forte disposição para a mobilização. Isso deixa claro que ou os bancos apresentam uma proposta condizente com o que foi pedido ou a nossa mobilização acabará em greve”, disse o presidente.
Para o secretário-geral do SindBancários, Fábio Soares Alves, a passeata foi boa. “Este foi apenas o início da caminhada pelas nossas reivindicações, do nosso diálogo com a sociedade e da animação e união da nossa militância”.
O diretor de Saúde da Fetrafi-RS, Amaro Souza, ressaltou que a manifestação foi muito vigorosa. “Expressamos nossa indignação com os banqueiros e sinalizamos que a categoria vai responder, exigindo o atendimento de grandes temas como a redução das tarifas, a contratação de mais funcionários para a melhoria no atendimento à população, o fim das metas abusivas e outros”, concluiu Amaro.