Passeata dos bancários em Porto Alegre exige que reivindicações sejam atendidas

“Alô banqueiro cara-de-pau, cadê o meu aumento salarial?” Mais de 500 bancários cantaram este refrão durante o passeatão da categoria, realizado no início da tarde de hoje, em Porto Alegre, que cruzaram os braços desde o dia 24 de setembro, data em começou a greve nacional da categoria.

Portando faixas, cartazes, bandeiras e apitando sem parar, os bancários chamaram a atenção da população, que parou pra ver a categoria passar. O passeatão é uma das principais atividades da campanha salarial e visa dar maior visibilidade às reivindicações dos bancários.

Durante o trajeto os dirigentes sindicais destacaram a intransigência e a falta de responsabilidade social dos banqueiros, que lucram de maneira absurda, mas não querem apresentar uma proposta decente aos trabalhadores do sistema financeiro.

Ao longo da caminhada os bancários também dialogaram com os clientes e usuários dos bancos cantando outro refrão: “Alô banqueiro, interesseiro, baixe os juros e não coma o meu dinheiro”!

O passeatão foi encerrado na Esquina Democrática, entre as ruas Borges de Medeiros e dos Andradas, com nova manifestação dos dirigentes sindicais.

Passeata tomou conta das ruas do Centro

“Os bancários gaúchos se somam ao movimento nacional da categoria numa luta justa e legítima. Os bancos vão ter que se dobrar diante da nossa mobilização. Estamos resgatando uma história de 30 anos atrás, quando a categoria saiu vitoriosa do embate com os banqueiros”, destacou o presidente do SindBancários, Juberlei Baes Bacelo.

Juberlei disse ainda que os bancos apostaram na desmobilização dos bancários, mas se enganaram. Segundo o sindicalista, os trabalhadores de bancos públicos estão saturados da enrolação das direções da Caixa, Banco do Brasil e Banrisul. Quanto aos bancários de bancos privados, o sindicalista observa que este ano, os instrumentos jurídicos utilizados pelos bancos para acabar com a greve no passado, os chamados interditos proibitórios, não estão tendo respaldo da Justiça.

“Vamos pressionar até que os bancos voltem a mesa de negociação. Queremos aumento real nos salários e uma PLR digna, que dialogue com a lucratividade dos bancos. A greve só vai acabar com vitória”, finalizou o presidente do SindBancários.

O passeatão dos bancários contou ainda com as presenças do presidente da CUT/RS, Celso Woyciechowski e da vereadora de Porto Alegre e funcionária do Banrisul, Fernanda Melchionna (PSOL).

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