Negociação cobra soluções do BNB para descomissionados na reestruturação

Contraf-CUT discute acompanhamento da realocação dos descomissionados

Em negociação ocorrida no último dia 28, na sede administrativa do Passaré, em Fortaleza, a Contraf-CUT e os sindicatos cobraram mais uma vez do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) a lista dos funcionários afetados pelos descomissionamentos resultantes do processo de reestruturação em curso no banco, conforme foi definido na reunião do último dia 12. O BNB afirmou ainda não dispor de todas as informações necessárias.

Os dirigentes sindicais solicitaram que seja disponibilizada às entidades o calendário de abertura de agências até o final do ano para que se possa acompanhar com mais precisão e detalhes a realocação dos descomissionados.

A reunião foi agendada pela Contraf-CUT devido aos inúmeros problemas relativos à reestruturação verificados em todos os estados com BNB no Ceará.

Pelo banco, estiveram presentes os diretores Nelson de Souza (Administrativo e de Tecnologia da Informação) e Fernando Passos (Financeiro e de Mercado de Capitais), além dos representantes de superintendências e do setor jurídico.

O vice-presidente da Contraf-CUT, Carlos Sousa, questionou quais os critérios desses descomissionamentos, pois, segundo ele, ficaram definidos alguns parâmetros do processo de reestruturação entre trabalhadores e banco, mas o que se vê hoje é um quadro bem diferente.

“O que percebemos é um número superior de descomissionamentos que não casam com a tranquilidade que nos foi passada durante a apresentação do processo de reestruturação feito às entidades no dia 4 de abril. Isso vem causando insatisfação e preocupação entre os trabalhadores e nós viemos aqui cobrar respostas para essas pessoas”, afirmou.

Conforme panorama apresentado pelos membros da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco, existem problemas em todos os estados, mas a situação do Piauí é a mais grave, pois lá é onde está o maior número de descomissionados depois da Bahia, porém sem previsão de abertura de novas agências e sem vagas para novas comissões.

Diante disso, os representantes do BNB afirmaram que estão envidando esforços para solucionar os problemas encontrados nos estados. Com relação ao caso do Piauí, o banco sugeriu reunião específica no estado para buscar soluções.

Os representantes do BNB garantiram ainda que em casos de realocação para funções de igual remuneração ou remuneração inferior prevaleceria a lateralidade da função.

Asseguramento

Como forma de contemplar todo o corpo funcional, a Contraf-CUT reivindicou a prorrogação do asseguramento de função para 12 meses, ao invés de apenas por 120 dias. O banco ficou de analisar.

Tomaz de Aquino, coordenador da CNFBNB, sugeriu também que fosse feita uma reversão da terceirização no banco, como forma de criar novas vagas nas unidades e assim permitir uma melhor realocação de funcionários descomissionados, o que também foi bem recebido pelo banco, que ficou de analisar.

Carlos Sousa ressaltou ainda que os sindicatos, assim como a confederação, ficarão alertas e acompanhando de perto o processo de realocação nos estados, principalmente aqueles que têm cronograma de abertura de agências. “E vamos cobrar transparência no processo, além do cumprimento do calendário para aberturas dessas unidades até o final do ano, como prometeu o banco”.

Suspensão do CDC e empréstimo de férias

A Contraf-CUT reivindicou a suspensão nos próximos três meses das prestações dos empréstimos de férias e CDC dos Funcionários do BNB, ativos e aposentados. O banco ficou de responder as reivindicações brevemente. Foi solicitada celeridade na resposta, tendo em vista ser uma prática que já vem sendo adotada há vários anos.

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