Mulheres ocuparão a maioria dos empregos em 2020, aponta observatório

Em dez anos, provavelmente haverá mais mulheres que homens no mercado de trabalho brasileiro, conforme aponta matéria publicada no Portal Observatório Brasil de Igualdade de Gênero, do Governo Federal. Atualmente, a participação feminina corresponde a 42,4% da mão de obra do país.

Considerando-se o crescimento médio anual da participação feminina no mercado de trabalho no Brasil, entre 0,3 e 0,4 ponto porcentual, prevê-se que, em 2020, haverá mais mulheres empregadas do que homens no país.

Esse fenômeno de feminização da força de trabalho é observado, também, em outros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, em outubro do ano passado, 49,9% da mão de obra ocupada era feminina, segundo artigo da revista britânica “The Economist”.

No Brasil, a feminização da força de trabalho é sustentada pelo maior nível de escolaridade das mulheres. Hoje, 42,4% da mão de obra é feminina. Desde 1992, sua participação no mercado cresceu 9,3%. Por outro lado, a masculina caiu 5,9% no mesmo período, para 57,6%, segundo o IBGE. De 92,4 milhões de ocupados, 39,2 milhões são mulheres.

A crescente participação feminina no mercado brasileiro nas duas últimas décadas, no entanto, não conseguiu aplacar profundas desigualdades históricas entre homens e mulheres. Nos espaços de poder e decisão, como em cargos de chefia, a participação feminina ainda é reduzida.

Outro aspecto que reflete essa desigualdade é a renda. No desempenho de uma mesma função, com as mesmas atribuições e competências, as mulheres ganham, em média, 25% a menos do que os homens.

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