Depois de 13 horas de drama, terminou com um morto e dois feridos a tentativa de assalto a uma agência bancária, em Campo Verde (a 130 quilômetros de Cuiabá). Durante todo o tempo, a polícia negociou com o assaltante armado, que havia invadido a agência e feito quatro funcionários reféns.
No momento da invasão, ele disparou vários tiros e feriu uma cliente. Leontina Aparecida Cardoso (50) foi hospitalizada, mas não corre risco. Para libertar os reféns, o assaltante exigiu uma quantia de R$ 100 mil em dinheiro e um carro para fuga.
No início da noite, quando ele tentava receber parte do resgate acabou trocando tiros com os policiais, que cercavam o banco. O capitão da PM Januário Edwiges foi atingido na perna. Ele está internado em um hospital particular de Cuiabá, e está fora de perigo.
O assaltante levou um tiro na cabeça e morreu horas depois. Os reféns foram liberados sem ferimentos.
Libertação
Segundo informações, o tiroteio aconteceu no momento em que o assaltante saiu da agência para pegar R$ 30 mil. A polícia estava negociando com ele a libertação do terceiro refém em troca do dinheiro. O bandido já havia liberado um dos gerentes da agência durante a tarde em troca de R$ 20 mil, e também já havia liberado uma mulher que trabalhava no setor de limpeza.
No momento do tiroteio, as duas pessoas que ainda eram mantidas reféns, uma funcionária e uma vigilante, fugiram e o bandido foi atingido.
Falta de segurança
Nem mesmo os lucros astronômicos dos bancos, ano após ano, fazem com que essas instituições prezem pela segurança de funcionários e clientes. O caso desse assalto em Campo Verde, se deu pelos mesmos fatores dos demais assaltos que acontecem no restante do país, a falta de um sistema de monitoramento eficaz e que possa identificar a observação de marginais como esse.
“Os bancos fazem muito pouco diante dos lucros que têm e o banco do Brasil é um exemplo claro dessa falta de compromisso social”, se indigna o presidente do Sindicato dos Bancários e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro em Mato Grosso (Seeb/MT). A entidade tem buscado junto a todas as instituições e organizações possíveis, o apoio para acabar com a insegurança bancária.