O ex-prefeito de Gramado dos Loureiros e assessor de Precursoria do Governo do Estado, Alivino Melo Machado, morreu na quinta-feira, dia 3, no Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Ele foi atingido por um disparo na cabeça, no dia anterior, durante assalto a uma agência do Banrisul, anexa à prefeitura. Machado estava na janela da sede do Executivo quando foi ferido.
Outro disparo atingiu a cabeça do servidor Valdecir Alves Batista, 34 anos, que trabalhava na Secretaria de Obras, e teve morte instantânea. Machado, que era casado, deixa dois filhos e Batista, também casado, três filhos.
Machado foi o primeiro prefeito de Gramado dos Loureiros, era filho de agricultores, tinha 11 irmãos e completaria 52 anos em julho. Ao concluir o mandato, em 1996, passou a atuar como chefe de gabinete do então deputado estadual Vilson Covatti, na Assembleia Legislativa, tendo permanecido no cargo até 2003. Gremista, frequentemente participava de torneios de futebol na zona rural do município.
A Polícia Civil trabalha com cautela nas investigações, visando à desarticulação da quadrilha. Entre os suspeitos presos está Marcos, filho do cacique da reserva indígena de Nonoai, José Orestes Nascimento, o Zé Lopes, e irmão do vice-prefeito Erpone Nascimento. Marcos trabalhava na Prefeitura de Gramado dos Loureiros. Também foi preso o indígena Nilson Inácio, de 40 anos.
“O envolvimento de indígenas com a quadrilha causou surpresa e indignação”, disse a delegada Cinara Freitas. Hoje, ela pretende analisar as imagens captadas pela câmera de monitoramento de um supermercado em Nonoai para tentar identificar os assaltantes. Existe a suspeita que eles compraram grande quantidade de mantimentos. Serão mostradas fotografias dos suspeitos ao proprietário do estabelecimento.