Mobilização cresce no segundo dia de greve nacional em Belo Horizonte

Bancários paralisaram 159 agências de bancos públicos e privados

A adesão de bancárias e bancários à greve em Belo Horizonte e região se ampliou nesta quarta-feira, 1º de outubro, segundo dia de paralisação. Nada menos que 159 unidades de trabalho de bancos públicos e privados paralisaram suas atividades durante todo o dia.

A categoria promoveu um ato, às 12h, em frente à Agência Centro do Bradesco, na rua da Bahia, no centro da capital mineira, para chamar a atenção da população para os problemas enfrentados pelos trabalhadores nos bancos. A mobilização contou novamente com a apresentação de esquetes do grupo teatral Cia dos Aflitos.

Em nível nacional, a greve também cresceu e 7.673 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados foram paralisados no segundo dia da greve, conforme balanço divulgado pela Contraf-CUT. Foi um crescimento de 16,75% (1.101 agências a mais) em relação ao primeiro dia, quando 6.572 unidades foram fechadas.

Ato em frente ao Banco Central nesta quinta

Nesta quinta-feira, 2, o Sindicato promove novo ato público, às 15h, em frente à sede do Banco Central, na avenida Álvares Cabral, em Belo Horizonte. Bancárias e bancários protestam contra a proposta de independência do Banco Central e pela valorização dos bancos públicos.

A categoria denuncia que propostas apresentadas por candidatos à presidência visam, na prática, entregar a condução da política macroeconômica ao mercado financeiro, prejudicando o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

Reivindicações

Na Campanha Nacional 2014, os bancários reivindicam reajuste salarial de 12,5%, PLR de três salários mais R$ 6.247, piso de R$ 2.979,25 e vales alimentação e refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 724 cada um.

Além disso, cobram dos bancos mecanismos para a manutenção do emprego e mais contratações, o fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades.

A proposta da Fenaban apresentada no dia 27 de setembro, com reajuste de 7,35% nos salários e demais verbas salariais e 8% nos pisos, foi considerada insuficiente pela categoria. Os bancos também se recusaram a avançar em discussões importantes relacionadas ao emprego, melhores condições de trabalho e saúde.

Mobilização

A presidenta do Sindicato, Eliana Brasil, ressaltou que a mobilização está crescendo e que a categoria mostra sua força, exigindo uma proposta digna dos banqueiros e a valorização dos trabalhadores brasileiros.

“Nesta quinta-feira, contamos com a participação de todos para realizarmos uma grande manifestação em defesa do papel dos bancos públicos no desenvolvimento social do Brasil e por um Banco Central que esteja a serviço da população brasileira e não dos interesses do mercado financeiro. Queremos um BC com participação da sociedade e transparência nas suas decisões”, afirmou.

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