Manifestações em todo o Brasil marcaram nesta sexta-feira, 28 de agosto, o Dia do Bancário. Em Brasília, o Sindicato percorreu as agências do Setor Comercial Sul lembrando a história de luta da categoria e denunciando à população que os bancos abusam.
“Na segunda rodada de negociação com a Fenaban, os bancos vieram com a desculpa de que não têm dinheiro. Já avisamos que vamos continuar a mobilização e parar se for preciso”, afirma Rodrigo Britto, presidente do Sindicato, fazendo uma alusão a uma possível greve.
Durante a manifestação, os bancários demonstraram indignação com o resultado das negociações. “As exigências para mais contratações estão e foram deixadas de lado pelos banqueiros”, ressaltou André Nepomuceno, secretário-geral do Sindicato.
A população manifestou apoio à luta dos trabalhadores, protestando contra os abusos dos bancos principalmente ao cobrar tarifas e juros escorchantes e ao não contratar mais funcionários, aumentando assim as filas e o tempo de espera para atendimento, que também deixa a desejar. “Eu me sinto bastante prejudicada com as taxas cobradas. E a maioria dos bancos é assim, cobram tarifas exorbitantes”, diz Marli Brito, cliente do BRB.
Os vigilantes também reforçaram o protesto. A categoria é igualmente vítima da desvalorização dos banqueiros, que não querem conceder aumentos dignos e oferecer mais condições de segurança para o trabalho. “Nós sabemos a dificuldade que os bancários passam porque estamos ali convivendo junto, e estaremos juntos na campanha”, garante João França, diretor do Sindicato dos Vigilantes.
Dia do Bancário
A data é comemorada no dia 28 de agosto para relembrar uma greve história da categoria, ocorrida em 1951. As reivindicações dos bancários por melhores condições de trabalho e remuneração não são de hoje. Há 56 anos, a categoria iniciou uma paralisação que durou 69 dias e acabou vitoriosa para a classe com aumento de 31%. Por isso, a data marcou e começou a ser comemorada como o Dia dos Bancários no Brasil.