Madoff pega 150 anos de prisão por fraude de US$ 13 bilhões nos EUA

Marcílio Souza, da Agência Estado

SÃO PAULO – O juiz do distrito de Manhattan Denny Chin condenou o megainvestidor Bernard Madoff a 150 anos de prisão nesta segunda-feira por ter operado uma das maiores e mais longas fraudes financeiras da história recente dos EUA. O anúncio da pena foi brevemente aplaudido pelos presentes no tribunal.

No dia 12 de março, Madoff, de 71 anos, foi detido após ser considerado culpado de 11 acusações criminais, incluindo fraude em negociações de valores mobiliários e lavagem de dinheiro, relacionadas à condução de um esquema Ponzi que lesou investidores em US$ 13 bilhões. “Lamento muito; eu sei que isso não ajuda vocês”, disse Madoff, encarando suas vítimas presentes na audiência antes do anúncio da pena pelo juiz.

O esquema foi administrado por meio da Bernard L. Madoff Investment Securities LLC, prometia retornos seguros e tinha um ar de exclusividade, porque não aceitava a entrada de todos os novos investidores interessados em fazer parte do esquema.

A fraude prejudicou uma série de investidores, entre pessoas físicas e fundos de hedge e de caridade. Quando o esquema veio à tona em dezembro, alguns investidores viram seu patrimônio diluir-se da noite para o dia.

Madoff alegava ter até US$ 65 bilhões nas contas de sua empresa ao final de novembro, mas os promotores dizem que as contas na realidade possuem apenas uma pequena parte desse montante.

Até o momento, o grupo de administradores apontados pelo tribunal para a empresa de Madoff identificou cerca de 1.341 portadores de contas que sofreram perdas estimadas de US$ 13,2 bilhões. Os administradores já recuperaram mais de US$ 1,2 bilhão para os investidores.

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