Bancários deram a largada na mobilização da categoria no Rio Grande do Sul
A Campanha Nacional dos Bancários 2014 foi lançada no Rio Grande do Sul no início da tarde desta sexta-feira (15), na Praça da Alfândega, entre as agências do Banrisul e da Caixa Econômica Federal, no centro de Porto Alegre. Estiveram presentes dirigentes da Contraf-CUT, Fetrafi-RS e sindicatos de todo o Estado.
O ato público foi animado pelo jingle da campanha. Trata-se de um samba com as principais reivindicações dos bancários e, desde já, promete embalar as atividades de mobilização da categoria.
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Durante a manifestação, o Comando dos Banrisulenses entregou a pauta específica de reivindicações ao presidente do banco, Túlio Zamin, no 4º andar do prédio da Direção Geral (DG).
Alta rentabilidade dos bancos
O novo presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Everton Gimenis, que tomou posse oficialmente na manhã desta sexta, destacou a alta lucratividade do setor financeiro. “Sabemos que em 2014 a rentabilidade dos bancos é 30% maior do que a obtida no ano passado e a tendência é aumentar ainda mais. O motivo pelo qual os lucros aumentam é a constante cobrança das metas abusivas, o assédio moral, a falta de segurança e as péssimas condições de trabalho. É preciso mudar essa situação. É preciso ampliar os direitos dos bancários”, ressaltou.
“Desde 2003 temos conseguido aumento real e muitos outros avanços para a categoria. No entanto, os bancários querem mais e, para isso, é preciso pressionar as direções dos bancos com a nossa mobilização. Precisamos enxergar esse ato de lançamento da Campanha Salarial como uma grande tarefa. Temos de fazer mais do que uma campanha corporativa, manifestando a preocupação da categoria com o futuro do país”, enfatizou o diretor da Fetrafi-RS, Juberlei Bacelo.
Impedir o retrocesso e fazer a reforma política
“É preciso também unir forças para o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. Não podemos aceitar retrocessos. Temos que avançar no projeto daqueles que dialogam com as nossas pautas”, afirmou Juberlei.
O secretário de Imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, destacou o slogan “Queremos mais”, que foi construído de forma coletiva para a mídia da Campanha Nacional deste ano. Ele enfatizou os temas emprego, salário, saúde, segurança e igualdade, e lembrou que, “apesar da chantagem e do terrorismo econômico, os bancos continuam lucrando e muito no Brasil”. Também frisou a importância da mobilização da categoria para que avancem as negociações com a Fenaban e as mesas específicas.
“Precisamos também de mais democracia e por isso é fundamental participar do plebiscito popular na Semana da Pátria porque o Congresso que hoje temos não representa os trabalhadores e os interesses da maioria da população”, ressaltou Ademir que ainda defendeu a democratização da mídia e a regulamentação do sistema financeiro.
Reivindicações
As principais reivindicações dos bancários são: reajuste de 12,5%; valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 2.979,25 em junho); PLR maior; mais empregos; fim da terceirização; combate às metas abusivas e ao assédio moral; segurança contra assaltos e sequestros e igualdade de oportunidades.