Apesar de no ano passado ter assumido com os bancários compromisso em torno da aprovação de uma lei que determinasse a instalação de portas de segurança nas agências bancárias da cidade, o prefeito Gilberto Kassab voltou atrás. Na terça, dia 17, o Diário Oficial do município publicou, na página 3, o veto de Kassab ao Projeto de Lei nº 09/2008, de autoria do vereador Francisco Chagas (PT) e subscrito pelo vereador Dalton Silvano (PSDB), que previa a obrigatoriedade das portas.
Clique aqui para assistir a vídeo em que o prefeito assume compromisso pelas portas em reunião com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, a Contraf/CUT e outras entidades sindicais.
Em uma das razões para o veto, Kassab afirma que em São Paulo ocorrem diferentes tipos de assaltos às agências bancárias e que caberia à instituição escolher o equipamento de segurança mais adequado para cada situação. Acontece que há instituições financeiras que não utilizam as portas de segurança em nenhuma circunstância, algumas utilizam parcialmente e em outras quase em sua totalidade e isso em uma mesma rua da cidade. Ou seja, não há sentido nessa argumentação. O prefeito alegou, ainda, questões técnicas e de constitucionalidade da lei. Mas, em maio, o governador José Serra vetou lei estadual sobre o mesmo assunto, alegando que “cabe ao município definir, com base em suas características locais, as normas” de segurança.
“O fato é que Kassab descartou a chance de tornar a segurança bancária na cidade de São Paulo mais eficiente”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. Vale lembrar que as portas só estão mantidas na cidade por força de liminar, já que o mesmo Dalton Silvano criou em 2007 lei que determinava a retirada dos equipamentos.
O Sindicato vai realizar um ato, na próxima semana, em frente à Câmara Municipal, para cobrar dos vereadores que derrubem o veto. “Os parlamentares aprovaram a lei que manda instalar as portas por unanimidade. Se mantiverem a coerência, vão ajudar a melhorar a segurança não só dos mais de 100 mil bancários da nossa cidade, quanto dos milhares de vigilantes e usuários de bancos que sofrem risco diário de assalto nas intuições financeiras”, completa Marcolino.