Bancários do Rio garantem exercício do direito de greve no BB
O Banco do Brasil foi mais uma vez derrotado na sua pretensão de usar de truculência contra a greve dos bancários. Na quarta-feira (5), o desembargador Rogério Lucas, da Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), rejeitou mandado de segurança movido pelo banco, mantendo a decisão do juiz Marcelo Moura, da 19ª Vara do Trabalho, que cassou interdito proibitório concedido por um juiz de plantão.
Além de negar o recurso do BB, o desembargador determinou a extinção da ação. Ou seja, o banco pode até recorrer a instância superior, o Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas dificilmente obterá êxito. Para a diretora da Secretaria de Assuntos Jurídicos do Sindicato Clayde Magno, esta foi mais uma importante vitória, uma decisão que reforça o direito dos bancários de utilizar a greve como legítimo instrumento de pressão.
Intransigência
O diretor do Sindicato, Carlos de Souza, criticou o governo federal, que sendo o maior acionista do Banco do Brasil, tem responsabilidade no comportamento truculento do banco.
“A greve está se fortalecendo e é importante que os banqueiros e o governo federal entendam esta sinalização e, em vez de se utilizar de instrumentos jurídicos, voltem à mesa de negociação, abandonando a intransigência e apresentando propostas que atendam os bancários”, afirmou.