Decorridos quase 11 anos da privatização do Banestado, o banco público do Estado do Paraná entregue pelo governador Jaime Lerner, que foi adquirido pelo Itaú por apenas R$ 1,6 bilhão, a situação das agências pioneiras, localizadas em cidades de menor porte no interior paranaense, estão em situação deprimente. Fora a troca da fachada e do sistema de informática, pouca coisa mudou nestes anos.
“O mobiliário e o layout das agências continuam os mesmos. Os guichês de caixa, mesas e cadeiras ainda são aqueles usados na época do Banestado, obsoletos e sem a ergonomia exigida atualmente pela legislação”, denuncia Damião Rodrigues, presidente do Sindicato de Apucarana.
Para ele, isso demonstra que o Itaú não se importa com as condições de trabalho dessas agências herdadas do Banestado e sequer investiu em melhorias para adequá-las às demais unidades dos grandes centros.
Damião afirma que a maioria das agências localizadas em pequenos municípios do Paraná não tem porta giratória com detector de metais, funciona com um ou no máximo dois funcionários, não dispõe de sistema de ventilação adequado e só não foram fechadas porque ainda dão lucro para o banco.
“É uma situação escandalosa. O Sindicato já cobrou providências para resolver estes problemas, mas a administração do Itaú não dá bola para os nossos apelos”, ressalta o presidente do Sindicato de Apucarana, indignado com a política do banco que obteve o maior lucro entre todos os bancos brasileiros em 2010.