O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) caiu para 0,26% em junho, após ter registrado alta de 0,60% em maio, segundo dados divulgados nesta terça-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa ficou próxima da de junho de 2013 (0,28%). Com o resultado, o índice acumulou uma alta de 3,79% no ano e de 6,06% nos últimos 12 meses.
O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados.
IPCA
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve variação de 0,40% em junho. A taxa, que diminuiu há três meses, é a menor desde setembro do ano passado. Mas na “troca” com junho de 2013 (0,26%), o acumulado em 12 meses sobe para 6,52% (praticamente o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional), ante 6,37% nos 12 meses imediatamente anteriores.
Um dos fatores para o índice mensal menor foi o grupo Alimentação e Bebidas, “em desaceleração pelo terceiro mês consecutivo”, que passou de 0,58%, em maio, para -0,11%. Segundo o IBGE, foi o menor resultado desde julho do ano passado (-0,33%).
Os alimentos consumidos em casa, que haviam subido 0,41% no mês anterior, caíram 0,60%. “Parte dos produtos passou a custar menos e parte teve variação reduzida”, diz o instituto, que destacou a batata-inglesa (-11,46%) e o tomate (-9,58%).
Outros itens registraram queda no mês passado. Foram os casos de cenoura (-7,67%), farinha de mandioca (-6,83%), feijão carioca (-6,78%), hortaliças (-6,65%), feijão fradinho (-6%), cebola (-4,21%), feijão preto (-3,67%), frutas (-3,52%), feijão mulatinho (-1,11%) e ovo (-1,04%), entre outros.
Entre os produtos que tiveram ritmo menor de alta, estão o frango (0,07%), queijo (0,25%) e o alho (0,89%). Subiram em relação a maio o café solúvel (3,03%), o leite em pó (2,34%), a farinha de trigo (1,77%), o presunto (1,41%) e o açúcar (0,62%).
O que pesou mais foram os alimentos consumidos fora de casa, ainda que com desaceleração (de 0,91% para 0,82%). A refeição foi de 0,96% para 0,75%, o refrigerante, de 1,29% para 0,51% e a cerveja, de 0,34% para 0,01%.
A maior parte dos grupos que compõem o IPCA teve índice menor em junho. Habitação, por exemplo, foi de 0,61% para 0,55%, mesmo – como destaca o IBGE – com altas na taxa de água e esgoto (0,95%), no aluguel residencial (0,84%) e em artigos de limpeza (0,92%). Mas a tarifa de energia elétrica foi de 3,71% para 0,13%, com quedas no Rio de Janeiro (-3,76%), Belo Horizonte (-1,07%) e Brasília (-1,35%)
O grupo Transportes, que havia caído 0,45% em maio, subiu 0,37% no mês passado, com impacto da alta de 21,95% em tarifas aéreas, sob efeito da Copa do Mundo. O litro do etanol ficou 3,42% mais barato e o da gasolina, 0,72%, enquanto a tarifa de ônibus urbano subiu menos (de 0,72% para 0,58%).
Outro item que também recebeu impacto da Copa foram as diárias de hotéis, que aumentaram 25,33%, levando o grupo Despesas Pessoais a subir 1,57% em junho, ante 0,80% no mês anterior. Foi o maior variação entre os grupos e o principal impacto no índice geral (0,17 ponto percentual).
Entre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Recife (0,71%), onde as diárias de hotéis aumentaram 32,69%. O menor foi registrado em Belém (0,21%), com queda de 0,56% nos alimentos consumidos em casa.
O IPCA variou 0,42% em Belo Horizonte, 0,55% em Brasília, 0,45% em Campo Grande, 0,37% em Curitiba, 0,35% em Fortaleza, 0,27% em Goiânia, 0,29% em Porto Alegre, 0,40% no Rio de Janeiro, 0,66% em Salvador e 0,37% em São Paulo.