O Sindicato dos Bancários de Brasília promoveu ao longo desta quarta-feira 29 de abril, nas agências do HSBC do Lago Sul, Sudoeste, de Taguatinga Centro e da 502 Sul, um protesto lúdico pelo fim das demissões, por melhores condições de trabalho e contra o desconto da PPR.
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Caracterizados dos personagens que o banco utiliza na propaganda institucional “O que importa para você?”, presente em sua página na internet, das figuras da Rainha Elizabeth e do seu primeiro sucessor, o Príncipe Charles, da Inglaterra, sede da instituição financeira, e de um funcionário do banco, integrantes do Sindicato fizeram uma sátira à mensagem divulgada pela instituição, bem como pontuaram, numa espécie de peça teatral, o contraste entre a dura realidade dos bancários do HSBC e, na outra ponta, a vida de glamour e conforto da monarquia do país de origem da empresa.
“Foi um protesto irreverente, bastante diferente do que estamos acostumados a fazer, mas que manteve a essência que norteia as ações do Sindicato, até porque estamos tratando de assuntos muito sérios, que é a manutenção dos empregos e um ambiente em boas condições de trabalho”, ressaltou o diretor do Sindicato e funcionário do HSBC Paulo Frazão.
Contrariando afirmação feita por seus representantes em reunião com o movimento sindical no início deste ano, o HSBC fechou dezenas de agências em todo o país, desencadeando uma onda de demissões. Além disso, em março último, os trabalhadores do banco em todo o país tiveram uma desagradável surpresa ao checarem seus holerites. É que, de forma unilateral, o banco inglês decidiu descontar da segunda parcela da PLR dos bancários da área negocial o valor de seus programas próprios de remuneração (PPR e PTI, programa específico das gerências, que teve seu nome alterado para PSV), todos vinculados ao cumprimento de metas.
“As mudanças não foram sequer informadas à representação dos trabalhadores, que repudia essa atitude unilateral e absurda do banco”, criticou Raimundo Dantas, também diretor do Sindicato e funcionário do HBSC. “Não vamos aceitar essa situação absurda imposta pelo HSBC. Precisamos nos mobilizar e cobrar do banco inglês o respeito e a valorização que ele parece reservar a seus diretores e alguns executivos”, complementou o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto.